Oh, salva vidas! Salva riquezas derretidas, incompletas,
parasitas. O mar acorda no peito arrogante dos projéteis intermitentes, são mansos,
silenciosos, preparados para te roubar os olhos ou vendar, vender, sua alma no
submundo, estruturado debaixo do tapete vermelho. Há muito tempo atrás fizemos
nosso melhor, planejando acabar com a máquina trituradora de ossos, tentando
vingar a mercadoria sanguínea, oferecida em troca de ar, de papel, pelo lado
oculto da vida. Alvos seguiram as vozes do abate, interpondo-se no caminho dos
observadores, entregando seu escudo no baque da explosão. Os vendedores
negociaram os restos como relíquias de guerra, os valentes jazidos foram
exportados em grande imagem empresarial, para que pudessem ser saboreados pela
ávida curiosidade insana do povo. Ah, dormir! Calmante dor, ferro quente sendo
dobrado por martelos, dia e noite sem parar. Percussividade mexendo corpos no
salão universal do controle mental. Não deixe, não pegue, aceite, reverte,
venda, venda, venda! Agora compre dez vezes mais do que o necessário, custando
dez mil vezes menos para eles e cem mil vezes mais para você. O que sobrou?
Bumbo, bumbo, bumbo, caixa, água oca, caixa, bumbo, eternidade. Não acorde
nunca, os coletes à prova de ilusões negras estão ficando ótimos! Combinam com
sua cara de trouxa exposta nas vitrines subterrâneas. Sim, morte! Morrendo
pelas alianças moldadas, completando ciclos viciosos de consumo, corredores! O
céu tange na libido acelerada dos trocadores tecnológicos, imersos,
incontroláveis, inescrupulosos, visando o futuro esplendoroso da humanidade
torpe. Caindo vagarosamente, o solfejo: “Uhhhhhhhhh”. Estamos perdidos nesta
terra faminta por lógica, precisão, razão... Ninguém sabe.
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