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terça-feira, 23 de abril de 2013

Ela, a vida, Ele, o tempo



Não paro. Se parasse, você continuaria. Já que continua, por que parar?!
Não corro. Se corresse, você ligaria. Já que liga, por que correr?!

Não volto. Se voltasse, você fugiria. Já que foge, por que voltar?!
Esqueço. Se não esquecesse, você não lembraria. Já que não lembro, por que não esquecer?!
Admiro. Se não admirasse, você não saberia. Já que não sabe, por que não admirar?!
Admito. Se não admitisse, você não sorriria. Já que não sorri, por que não admitir?!
Não confundo. Se confundisse, você entenderia. Já que entende, por que confundir?!
Não explico. Se explicasse, você pensaria. Já que pensa, por que explicar?!
Não abraço. Se abraçasse, você sufocaria. Já que sufoca, por que abraçar?!
Improviso. Se não improvisasse, você não cansaria. Já que não cansa, por que não improvisar?!
Sinto. Se não sentisse, você não mudaria. Já que não muda, por que não sentir?!
Espero. Se não esperasse, você não chegaria. Já que não chega, por que não esperar?!
Paro, você não continua. Corro, você não liga. Volto, você não foge. Não esqueço, você lembra. Não admiro, você sabe. Não admito, você sorri. Confundo, você não entende. Explico, você não pensa. Abraço, você não sufoca. Não improviso, você cansa. Não sinto, você muda. Não espero, você chega. 



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