Pesquisar este blog

sábado, 29 de junho de 2013

Sr. Boo e Luquinha – A vez


Sr. Boo, porque os velhos engasgam com nada?
- Engasgam com nada? Como assim “raspa”?
Raspa?
- É, “raspa do taxo”, esquece. O que quer dizer exatamente?
Tô dizendo que vejo os velhos engasgarem com nada de vez em quando. Tão assim (fazendo pose de que está tudo normal), aí do nada começam a tossir (segurando o pescoço, tossindo dramaticamente, ficando vermelho), e en...(recuperando o fôlego)...engasgam com o nada ué! (Empolgado) E ficam tossindo até ficarem roxos quase. Agora eu acho que sei por que a Martinha quer ser médica, pra cuidar desses velhos, ela que me contou.
- Você diz, a Marta dos Ferreira ou a que derrubou toddy na sua camisa, na escola, aquela vez?
A Marta Lisboa, que derrubou toddy, agora eles chamam ela de “Martinha Toddy”, alguns falam “Tinha Toddy” (rindo), mas eu chamo ela de Martinha mesmo.
Senhor Boo: - Hum... (Semicerrando os olhos), entendi.
Certo! Falei pra ela que vou ser algum tipo de inventor, um engenheiro molecular, pra fazer curas. Mas daí mudei de ideia, e falei que queria ser explorador de mundos.
- Ah é?! E o que um explorador de mundos faz?
Primeiro ele tem que descobrir um, um que goste e queira explorá-lo. Aí o que conseguir guardar, desse mundo, pode guardar com ele.
- Que legal! E como vai chegar nesses mundos?
Vou inventar uma nave que chegue neles ué.
- Então dá pra ser inventor e explorador ao mesmo tempo! Só que agora vai inventar naves ao invés de curas. Mas pode ser que encontre curas nos outros mundos. Seria legal, ã?!
Seria, de verdade!
- Você pode precisar de um médico na nave, caso fique doente ou encontre alguém precisando de ajuda. O que acha?
Luquinha: (Coçando o lado da cabeça, fazendo boca torta, pensativo) A Martinha quer ser médica. Só que ela é um pouco chata também, fica implicando comigo! Nem faço nada pra ela e ela fica brava, e depois emburrada. Sei lá, não dá pra entender.
- Hehe... A minha Martinha era a mesma coisa, a sua vó, implicava com tudo. Por isso que me casei com ela.
Ué, porquê? É muito chato isso, a gente não tem sossego!
- Exatamente, Lucas. Não queria sossego, sossego é pra velhos, e era novo na época. Com o tempo a implicância se torna divertida, e com mais tempo ela passa a ser amizade. Bom, isso aconteceu comigo, com vocês não sei. Só esperando pra saber.
Esperando o quê?
- Essa já é outra ocasião, agora você vai pra escola, bora!?
Vou ouvindo música! Daquela banda que você falou, Bitous!
(Sorrisos)


domingo, 23 de junho de 2013

Quase sem querer - O pássaro


Será sempre assim
O tempo vagaroso nas asas de um pássaro
Pulando vidas que não interessam
Nunca perto dos animais perigosos
Matando a preguiça correndo pelo ar do mundo

Disso não poderá fugir
Desviar das más intenções dos selvagens
Distanciar-se ao máximo de gaiolas

Precisa ser livre em sua fraqueza
Saber que não há grades nas tuas mãos

Para ficar feliz contigo
Proteja-o do tormento e chuva forte

Dê-lhe refúgio nos dias sem você
Das noites sem luar
Seja a aprendiz desse amigo
Mostrando como confiar novamente
Mantendo aberto o calor do teu peito

Assim sempre será teu
O canto nas manhãs de inverno
Voos fascinantes em seus olhos
Nunca te deixando para trás
Vivendo sorrisos parados em tua boca
Isso te lembrará um abrigo

Amando todos os sentidos
Aproximando-se do céu

Disso ele também gosta
Abraçá-la para te entender
Perceber sua aceleração 

Para ser convidado de novo
Sempre assim, será contigo...


















sexta-feira, 21 de junho de 2013

Balanço dos teus olhos



O que sugeriu naquela noite não pode ser esquecido assim, um balanço para dois numa praça que formava nosso sorriso tímido e decidido. O dela fugindo enquanto encontrava o meu, e o meu calmante fora o brilho daquela boca de menina confusa. Às vezes parando só para olhar no branco do seu terceiro olho. Porque tão linda? Alma minha que voa sem dono. A paixão já foi e voltou tantas vezes nesses olhares, sonhei com aquele laço vermelho no teu cabelo, transformando em jaqueta hiperespacial. E eu aqui, continuo me embriagando nas viagens que ainda não pude fazer acordado. Sela profunda esperando por ecos de luz, saída de lembranças futurísticas em um intervalo no ar, juntos, sempre de rostos colados e o balanço parado nos teus quadris. Os sussurros, risos apertados, combinavam com nosso passeio aéreo, voando pelos céus do amanhã enxergamos a alegria vista de cima. Talvez o erro em não tentar segurá-la comigo transmitirá o arrependimento de uma vida, mas não há nada agora que estrague a felicidade de estarmos balançados. 

O Sol



Ah, não ande de bicicleta pela rodovia. Há cicatrizes nesse sentido da história, sim, posso entender, algumas pedras me esfolaram bem ali. Mas, tão pouco, há cola nessas dores de prender o remendo na câmara furada. Não, essa não é, não pode ser, não se parece nem o mínimo contigo. Apesar de ter seu corpo, algo deve ter mudado. Alguma coisa nos seus olhos reconduz ao opaco, mas ontem estava radiante, foi esclarecedor. Não há disputa, o que cativei, despertei, dispensei sobre tua mão, é teu. Então, ninguém mais sabe disso, o mundo sente. E quando digo para não ir por aí por favor me escute, não quero me envenenar novamente. Sabemos desses detalhes, sobre esses lugares que podemos chegar sozinhos. Sim, rejeitamos tantas vezes o mesmo estado, essa sensação de ficar parado observando, enquanto tudo gira perto e longe, uma ponte congelada sem proteção para o deslise. Eu disse, volte para casa, aqui não há tempo para descanso, para parar e chorar e pedir carona. Não venha na contramão. Há exatamente o que esperei por muito tempo: tua mão desdobrando a palma para baixo, soltando meu beijo. Cuide dos reparos da bike enferrujada pelo sal das lágrimas que caíram na escuridão abaixo da ponte de gelo. Se ainda não entende espero que tenha sentido o fogo se aproximando do peito, enquanto segurava o coração, antes de construir um castelo de gelo e largar a vida que te dei, com vista para o pôr do Sol. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Melancia - goma de mascar


Pressinto sua memória na boca
como um gosto inesquecível de lucidez
a derrota volta embriagada

ar novamente? tóxico, tóxico!
lembro ter acordado nos teus olhos
segurando algumas lágrimas cansadas
para que cortasse meus pulsos

um dia nublado de cada vez
apenas para violar seus impulsos
correndo, lutando diariamente
uma tatuagem escrita dentro da pele
me fez segurar o pendulo do passado
às vezes me perco, me perco dentro de ti
não sei mais o que sentir
se sou eu, ou se estás a mentir
qualquer descaso por timidez
estupidez do dia sem verdade
toda imagem que temos juntos
mostra uma alma doce pra mim

e assim estamos bem...



Correndo feito louco


Enquanto perde estrelas maldosas como cobra num mato
Coração de andorinha bate mudanças de nossos próprios sonhos
Chance gasta contorcendo nossos braços de ferro
Passa-se a maltratar outras indiferenças com capitais de margem
Isto é tudo!
A corrida estelar transmissível em contato com a pele
Quebre um andar por vez e verá onde...
Velocidade cumprindo desvio coloidal?
O tique-taque pensativo numa alforja
Escute mais uma vez, imagine a possibilidade de cura!
Pode parecer paranoia, mas é só gás carbônico.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O estranho:


A certeza em tudo que escolhe, todo momento, mesmo que em cada coisa que deseje, seja uma variante ou a própria clareza, sempre estará certa. Enquanto sua indecisão provoca um acolhimento, toda consentimento, diversos desejos cada coisa, única, uma reluzente permanente, ou o ser mutável, nunca enganará a certeza.    

Mendigo Cazuza ouvindo System



Quer continuar a sentar nesse lugar desconfortável, um imóvel comprado pela terceira vez, mas vivendo apenas uma vida nele? Continuar a repulsar os seres humanos deste único e mísero planeta? Não conhece algo chamado universo? E o paralelo? Uma coisa trocada pela outra no rio de nossas almas, o labirinto que corre por derrotas abre-se pelo ar cristalino que bate depois de agitarmos vazios, todo ele jogado em dimensões aéreas, como disperso num buraco, esse tal aí, não dá a mínima pra vocês. Estão morrendo aos montes, paralelismo tradicional baixando o som durante a noite para descansar...
No carrocel de emoções invertebradas, geometrias ciclovariáveis? Uma vez fui ao noticiário doutrinar comportamentos. Toda aquela história de "vamos ver do que é capaz", sempre foi intimidação, uma separação de manha e poeta. Estou entre os 80 milhões que nunca voltou, ou ainda, nunca votou. Só elegi. Pode parecer romance, apenas duplasensualidade. Uma vida separatista, uma misditudo, toda ela, não quero, sei que tenho e sou tido com a maior franqueza, isso que quero. É a clareza que transpira no seu dom fresco, um  barato partido, que quer mudar o mundo, frequenta agora uma união jamais vista por essa ideologia partidária. Pra quê saber quem tu és? Pois aquela sensação prazerosa já disse: ser uma jaula ou uma saída?! Tantos tédios anti-monotonias, um alcance em cheiro, boca, cura e alegria. Somos videntes, porém, preferimos o que faz parte, confundindo um filho com outra vida que parece acolhedora.

Com toda certeza, família, sempre!

domingo, 16 de junho de 2013

O interesse:

Social é impressão digital educacional de marginal , vendido pelo convencional, treinado pela estação comercial, aos domingos ela é sensacional, nas feiras do diamante toda proeza é um sinal!

sábado, 15 de junho de 2013

Desmond:

Eles não tem capacidade para desvincular minha infração de raciocínio perante o maquinário ideológico de seus atos. Logo, estarei confrontando seus ideais e marginalizando seu sangue.

Desmond:


Sabia que sua posição de se oferecer em algum sentido, por qualquer não situação possível, é a capacidade que tenho de mostrar o quanto errado percebo o mundo a minha volta? E quando começa a ter um padrão diferente de qualquer um todos ficam, ou ficam diferentes, a sua volta? 

A indecisa:

Cansada de se mostrar direta, encasquetada por permanecer quieta. Tomando para si o que não é dela e se perdendo em pensamentos dele.

Terrorista:

Meu terrorismo é individualista, na mente, para perturbar por anos...
Sem risos, sem mágoas, sem direção, para todos os lados, em quem se importar em sentir dor. Ah, todos sentem dor, eu sei.
Mas o "talvez" possa ser encaixado em diversas situações, por exemplo, posso sugerir o que penso, pensando no que pensa, que te agradará ou te completará nesse momento, talvez nem complete, só desperte o que está por vir, é um gancho que propõe, não um nó...

O complexo:

Vou te botar num estado técnico tão abrangente. Um, em que sua amarra livre sinta-se superiormente inteligente, uma volta diligente por sua mente conivente. Pois sei que adora se expressar assim.

O principiante:

O que é o princípio se não um estado findo da propriedade? O que é a propriedade se não a finalidade de principiar um estado? O que é o estado se não o ser próprio do princípio final?

O estrangeiro intergalático:

Percebo que estar por dentro da realidade atrai humanos realistas, o que é óbvio, é claro, mas também no sentido de que enxergam e seguem as leis impostas por suas limitações. E me agrado percebendo que os que sentem por dentro, uma realidade melhor, sonham, atrai os possíveis viajantes que quero levar para meu planeta, incluindo a si mesmo.

O iconoclasta:

Demoro duas horas para me vestir. Quando decido, na hora de escovar os dentes percebo que escolhi mal, me troco em cinco minutos e quando chego ao encontro, estou tão perfeito quanto as outras pessoas que demoraram horas para se vestir. - não é sobre aparência, talvez sobre algo guardado no bolso esquerdo da camisa.

Implicantes:

Só para distrair a mente perturbada, jogada brilhante desperdiçada com palavras inusitadas, provocação, carta marcada.
Se inverter qualquer parte acima verá que faz sentido?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Desmond - Parada


Não posso esperar
Enquanto me pede tempo
Esquecendo, ou tentando
Aquilo que guardou

Não há solução
Os passos dados marcam
Entenda-me no inverno
Espero o que não posso:
Lembrá-la aqui

Quem pedirá para tocar?
Sua mão novamente
Está brincando nas pernas
Batendo em descompasso
Agitando minha memória
Por muito tempo
Enquanto se perde
Tentando o esquecimento
Saiba, não posso esperar
Tanto assim, devagar
Nas luas que virão
Quando perceberá o mundo
Que me fez inspirar?
Estava caindo
Mas te segurei
Onde sempre esteve











quarta-feira, 12 de junho de 2013

O dia


Ah, eles disseram: estão aí! Para propagar essa infectologia. A cada pulo, pulo mais alto ainda, no lixo. Pelos afetos poderosos de um tiro, acordando para o disparo na testa. Somente um estrondo! Pegam pesado, com artilharia, tanques de guerra, bateria de setecentos mil volts. Acho que alguém me atingiu! Deve ser programado, os desgraçados estão se espalhando. Devo ter ouvido uma dor, sentido uma chama, acredito muito no barulho ensurdecedor da paralisia. Acorde! Doente, durante muito tempo em batidas insanas, vou testemunhar o cheque afivelado por dias, até que caia na conta. Desprezo, checo ideias fortificadas pelo sistema. No último dia do ano todos devem presenciar minha mente em estação contínua, um grito desperdiçado na mesa do DJ, algumas vozes de respeito, terroristas no meio de sussurros nacionais. Elas querem algo que não existe, um fingimento para disfarçar a casa pintada de branco, numa ocasião que supostamente diríamos o quanto os cantos pontiagudos que nos machucam são confortáveis. Isso sim é dia, uma proposta valente de um dia inglês. Espero os acordes apressados, cheios, emperrados, impregnados de situações... Contradições, esquece isso, agora comigo aqui, não existe mais, vagalumes cegos. Olha no cobertor que te oferece paisagens, siga o teu lugar num piano, diz quem vem e vai além, vai notar a estrela de um nó contíguo, na aproximação contínua de uma nota no fim da canção, que não acaba nunca...

terça-feira, 11 de junho de 2013

O Sorveteiro


Há milhões e milhões de anos atrás o Inventor Maligno percebeu, com sua mais ousada astúcia, que pessoas adoravam o Sorveteiro Generoso, pois distribuía sorvetes gratuitamente para todos. Sendo assim, calculou estrategicamente e furiosamente uma maneira de ser adorado também. Mas ele sabia, ah sim, como sabia, que o Sorveteiro era apenas uma afirmação do real desejo das crianças, em serem melhores e generosas como ele. No entanto, o que infantilmente, e logicamente, não desconfiavam era que o Inventor pudesse se passar por Sorveteiro. Durante anos e muito mais tempo, inimagináveis armadilhas e peças foram moldando a razão de viver daquelas humildes e doces pessoinhas. Ah, era uma receita mais maravilhosa que a outra. Bom, Ele, para evocar seu truque de inventor maligno mais cruel, o Inventor Maligno seduziu e induziu as vozes de homens respeitáveis do povo, fazendo com que anotassem inúmeras receitas de sorvetes deliciosos para que recitassem à eles todos os dias, que mais para frente passou a ser recitado em um só dia da semana, contudo, os sorvetes eram consumidos várias e várias vezes por dia. Porém, infiltradamente, imperceptivelmente, ao longo de um pouco menos tempo agora, essas receitas acabaram prejudicando o convívio tão tranquilo daquela gente. Neste exato momento foi concluído e assinado o Livro de Ouro (do Sorveteiro), com a participação de incontáveis, ou melhor, contáveis mestres sorveteiros, só que eles diziam que o Livro de Ouro foi ditado pelo próprio Sorveteiro Generoso. O que passou fácil pela aceitação das famílias, é claro! O Sorveteiro alertava a cada receita que o Inventor poderia roubar suas façanhas, e com isso estragar todo o sabor adquirido perante eras de experiências dolorosas e, desvendar o melhor e mais rico achado da humanidade, o Amor, sim, o amor por suas criações tão magníficas. 
Foi assim que o Inventor Maligno conduziu-os para a dúvida, a discórdia e adoração às receitas do Livro de Ouro. O Sorveteiro Generoso cada vez menos vive nos corações das crianças. Hoje em dia eles se confundem, as crianças, o Sorveteiro, o Inventor, o Livro, tudo isso passou há milhões de anos atrás, não dá para saber muito o que se passou exatamente, não é criançada?!

domingo, 9 de junho de 2013

M de Complicação


Garota fria no sofá
Ela sabe como acalmar o interior
Oh, poderia dizer para me afastar
Mas cada palavra dela está morta
E a cada dia minhas certezas viram lei
Sabem porquê? Não consigo olhar em seus olhos
Não posso tocá-la sem sinceridade
Apenas chute o amanhã para a sobrevivência
Ei, garota! Deixe de complicar um pouco nossa vida
Sabia que está muito distante?!
Tudo bem, dois copinhos e um barbante
Resolve?
[risos]
O lance é que enxergo pouco a realidade de vocês
Permito-me sentir os milênios que virão do passado
Quando estamos maravilhosos
Toda gente procura o amor sem dizeres
Os anos passando como uma música do Floyd
Ah, quando começo a beber simplesmente desando
Não que isso seja um problema relacionável
É que o mundo continua a escutar o inaceitável
Os fantasmas do Senhor Irracional manda na verdade
Agora rezarei para as dúvidas virem de encontro
Pois os crentes estão tão certos que não cabem no dia de ontem
Os rios não se cruzam com o mar nesta canção
Nesta mesma canção...
Escute o vento, como um solo de guitarra do Sambora
Uma nuvem iluminada pelos raios de Sol
Luz entrando pela janela
Clareando seu corpo pálido
Imóvel...







sexta-feira, 7 de junho de 2013

Mendigo cansado


Nunca comece com uma palavra o que ainda está acontecendo dentro de suas inspirações reflexivas, entre vaidade e sofisticação de ideias, o mundo na mão de um sorriso grato, está feito, somos apenas um entardecer triste por toda grama úmida. Não faz sentido algum, bem sei, é assim que a morte parece se divertir. Mas agora é sério, relaxe, os dias passam rápidos demais quando se olha para trás e percebe o quanto está caro o aluguel do mundo. Estão cobrando por sua vida, tudo, tudo mesmo: seu tempo, esforço, inteligência, distração, alegria, sábados, conhecimento, sonhos...
O que me cansa é a falta de luta por algo que mudará orbitalmente e em escalas multidimensionais tudo que existe... Tudo precisa de financiamento, não há lógica alguma nesse mundo de gênios idiotas, tão inteligentemente imbecis que param para analisar equações aterrorizantemente complexas e não resolvem a negligência racional da óptica evolucionária. Por que diabos atrasam viagens e estações espaciais por conta da burrocracia? Há recursos e técnicas suficientes para isso.  Apenas isso, é isso, isso que desanima, todos vocês estão como no dia em que disseram que o planeta é plano, e aceitaram numa boa, sem questionar nem o porquê da coisa, simplesmente o cômodo sempre esteve à disposição dos que afirmam possuí-lo. E hoje ditam que o mundo pertence a eles, aos criadores das cordas invisíveis, aos indutores do consumo... Estou rodando faz tempo e meu estômago não está muito legal, não por isso, vou dormir um pouco ali no banco.