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domingo, 23 de setembro de 2012

Despertar



Foram-se o pó de sorrisos que estavam na gaveta do amor ao próximo. Voltou o coloridodo céu do ártico em pensamento. Misturas sólidas quebraram-se em um milhão de pingentes dourados e cristalinos sob a nossa volta, com a sensação do espalhar da aurora nos cobrindo magnificamente.
Não estava mais só naquela noite. Não sentia mais desprezo no frio, só desculpa para te aquecer, preparar sua cama com peles e cheiros. Sentia a resposta do seu corpo na pergunta silenciosa que fazia a si mesma me olhando de volta. Dançando, num ritmo lento com os calcanhares pregados ao chão, joelhos em um malicioso e breve semicírculo, para um lado e para o outro. As mãos se laçavam à frente com os braços baixos esticados, meneando infantilmente a cabeça, e os ombros se moviam me chamando para deitar. 
Amanheceu, um rastejar luminoso em sua pele nua, passando por meia janela aberta pelo vento despreocupado da madrugada. Minha alma saiu do corpo por meio segundo quando despertou e flagrou-me hipnotizado. Sorriu, espreguiçou-se e... Estava vivo novamente