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sábado, 11 de junho de 2016

P


Existem algumas pessoas que conheço
Ou que acabo de conhecer
Por certas atitudes tenho medo delas
Junto olhares e gestos
Minúcias e lambidas de lábio
Vejo bem seu olhar
Ouço sua respiração

Percebo quando não estão perto
E quando chegam com desculpas
Se retocam o batom
Ou ajeitam a gola da camisa

Não aprecio ouvir o óbvio
Apesar de todos concordarem em falar

Pois eu estou lá
Fixamente apreensivo
Prendendo com os olhos
Aquilo que desejo

Ouviram alguns boatos
Que um sujeito qualquer
Conquistou sua confiança
Te fez carinho e te beijou

Pode ser qualquer um
Mas sei que sou eu

As vezes sinto ter que olhar no espelho




Eu vivo e luto

Sou eu mesmo
Sou alguém
Batendo de frente
Não sou ninguém
Você chora
Clama
Sente na pele
Sente acuada

Só eu, me acabo
Desabo

Mesmo não querendo
Me prendo
Sufoco
E demoro
Desse seu olhar
Tomo o vício da perdição
Junto as mãos
Peço permissão pra ficar
Mesmo sem tocar
A chama desatina
Continuo segurando
Não sei bem o quê

Talvez a crença
A essência momentânea do querer
Do saber viver



Às vezes é preciso