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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Asas de papel



O mundo das mentiras arrancou minhas lágrimas, transformando o pó da discórdia em ouro aos meus pés. Um dia vocês entenderão o que os deuses querem. Fiquei muito pesado com tamanha responsabilidade, com tamanha riqueza. Os corais de vozes contentes abriram caminhos por terra, ar e fogo. Enquanto as águas revelavam pontes em direções ocultas, quase sempre com aquele passear calmante nos ouvidos. A terra esculpia minha tenacidade, o ar dançava em sua dinâmica, e o fogo ardia intensidade hipnótica. Abaixo de mim o ouro mostrava-se cobra coral, a maldade que assola nossas virtudes; o quebradiço espelho da verdade induzida. Sou a invenção de incapacidade, ou muito capaz de produzir a morte dos ideais? 
Uma noite você encontrará as sombras da tormenta e desejará ter refletido sobre o que eles te diziam.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Mochileiro da galáxia



Desço ao seu mundo pulsante, apreensivo, lastimável e vertiginoso no sótão do universo. Relíquias, estrelas de seda envolta de lágrimas formando um jarro inseguro na dor lancinante. Jorrando desprezo, feito plasmas em explosões galáticas. Pó cruzando o horizonte no vácuo da razão, o único ar que consigo lembrar está preso no pulmão da mente. Mesmo assim, seu mundo continua translativo, rotativo e habitável. No mar das incertezas crescem gramas lilases fotossintéticas exalando esperança. Flutuam gigantescos algodões doces cor-de-rosa, e outros mais em tons sortidos. Uma distribuição espacial das partículas que as constituem são refletidas pelos sóis de sete cores no céu. Correntes de vento rodopiam conjuntos esplêndidos em sua alma. A vejo saindo do guarda-roupas de trás da sombra lunar, com resplandescentes olhos dourados corajosos para me saudar. A canção volta juntamente com a batida do coração. Ofereço todas as galáxias, por onde viajaremos juntos para o infinito. 

Um maia despretensioso

A onda de calor que está dando círculos, provavelmente formará um tornado de fogo que varrerá a Terra. É por conta de duas explosões plasmáticas solares nessa última, eu disse último final de semana de dezembro. Isto tudo, em nossa mais inofensiva inteligência, proporcionamos a vocês simples humanos uma vida próspera! Até logo! 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Manhã de veludo


Pares colados por pretensões, um lado mais colorido que outro. Uma cola mais fixa que a outra. Ainda sim, promoções de auto-controle estão se saindo mais em conta que outras. Leve, leve esta ou aquela, e mesmo com tudo não sentirá além de suposições do que quer. Foque, sufoque, apenas notoriedade de quem junta, se segura. Um par de pequeninas estradas brilhantes, de dizeres momentaneamente não traduzidos, portas, cadafalso, e mais o que este semicerrado convite possa parecer. Aos montes, apresenta suas tonalidades amargas e doces, suas peles safiras e jades; seus circulares modos de moldar a infinita coragem de caminhar ao lado. Deixa de lado os falsos juízos e passa a ser o querer do único. Pares unidos pela descontração, um lado mais divertido que outro. Uma risada mais alta que a outra. Oh, emoções do descontrole estão se laçando e largando as outras, tornando-se um só par em todo universo. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mapa em chamas



Fotografias de sorrisos nunca tiradas retratam na paisagem quente do desejo um espetáculo intenso. Simples como sobreviver na floresta, observar farpas incrustadas em sua viagem e passear de guarda-chuva no fogo de lágrimas. Assim como garotas e garotos sentem o primeiro beijo, sendo comprometidos com a verdade. O luar, com um brilho castanho radiante numa curvatura sedutora entre nuvens, transbordando a solidão essencial. Solavanco, percepção, intuição; sabe-se lá o que me disseram sobre estar acordado em mim. Proposital, premeditando o reencontro. Poderia ter te avisado que sabia do escolhido, uma versão menos complicada da falta de comunicação emocional, entre seus pulsos nos olhares e minha garantia de atenção. Posso sentir o medo da perda em ti, uma locomotiva transcendente do amor e do vazio. Inconfundível relação de sofrimento e paz, discrição transvertida, uma aparição do descaso consigo. A vaga lentidão do possível e do que se foi tão rápido quanto o fim novamente. Volto a conduzir o navio pelo infinito azul de vendavais. Sombras respirando esperança, o violino calmamente soando entre a tripulação, enquanto o piano imediato sussurra e a volúpia dos ventos tocam o mar.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Semblante


Estamos aqui formulando nossas expectativas de vida. Reconhecendo várias ocasiões de tempos remotos. Limpando tudo que pensaram sobre mim e sobre como o mundo acabaria. Posso cair no infinito e mesmo por isso, você pensará que está com razão, naquele lugar que pensamos que estaríamos hoje. Dentro de um turbilhão evolutivo, sinceramente olhamos para o agora, deixando de ser mais amorosos por pragas impregnadas do passado. Bem como eu, você também gosta de pessoas. Gosto de conhecer pessoas, gosto da relação indefinida a todo momento. Do instante, da emoção, da falta de percepção com tudo a ver entre ambos. Gostamos da impulsividade aleatória das palavras que formam uma sensação de procurar a verdade em tudo e nos perder em nada.
Isso é o auge da loucura e o ímpeto da evolução lógica!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Atirador


Escondido nos olhos de quem me observa. Trancado em simples motivações. Faço de suas palavras um esboço do que quer ouvir. Conspirando sorrisos com dentes apertados, como forma de lamentar o que já não consigo mais sentir, e vos digo os rabiscos antes anotados na mente, o que me fez chegar a ti.
Quebrado nos abraços carinhosos que recebo, fazendo-me pó de traças de minha própria quimera, tanasia, desconforto ou o que for. Constituindo pesares de lanças arrancadas do peito, tentando parar o que está presente todo o tempo. Cuspo em gotas de sangue rebuscadas: sentimentos, nos quais são lembranças abstratas. Observando ao longe a área de ameaça. Oh, não! Ele está ali parado. Sentando numa cadeira de ferro frio e ao lado um homem pode puxar uma alavanca a qualquer momento. Os homens são os mesmos. Os dias não enganam mais. A tormenta é rotina. A face a meia luz na sala é a vida que procuro em mim. Digo ao mundo quem não sou, para que descubram minha farsa e voltem comigo para onde quero chegar. Vivo ou morto. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Canto



Eles me chamam, na medida que percebo quanto os quero. Pessoas conversam num entendimento só delas. Homens, mulheres, e crianças de todas as idades e nenhuma certeza. A água calmante corre, o rio faz o fundo parecer seu universo. A luz encantada do Sol toca as pequenas folhas marrom-douradas, caídas por todo lado. O espaço entre os gestos torna-se perceptível à eternidade. Pássaros cantam entusiasmados, compondo os passos daquele homem sem rosto que caminha para seu destino. 

Eles são profundos, escuros e admiravelmente sedutores. Um deles leu minha carta. Mas porque agora?! Já estou crescido e não preciso mais de provas. Um deles desiste do chamado. Mas porque vai embora? Já está cansado e não precisa mais de mim. Vejo nos opostos um brilho, um trilho e escorrego. O vento mudo que mexe a paisagem a minha volta não me conforta, abre uma porta e me arrasta para o buraco úmido e triste. Mãos me cercam, pegam e sufocam no ar vermelho da morte. O sono me prega pelos calcanhares e movimenta minha alma pelo céu violento sobre o mar de sangue. Meus olhos estão secos e são o espelho da angústia experimentada pelo amor. Ossos quebram em minha cabeça sem parar. O gosto da bílis na boca é a única fonte para saciar minha sede. O chão move abaixo de meus pés, seguem não sabendo. A loucura de cores vivas rabiscando o céu, e a cacofonia de lamurias incólumes estão soltas pelo ar. O cansaço de correr para sempre em círculos faz do meu ponto uma queda de costas num espiral infinito. 
Ouço risos infantis abafados de brincadeiras com batidas de corpos n'água. Estranheza correndo em minhas veias, batida disforme no peito, saltos lépidos em direção ao desconhecido. Ah, sim! Eu consigo voar! Eu consigo. A chuva começa a cair... Não quero dormir, não quero...

sábado, 20 de outubro de 2012

O pálido sol vermelho




Minha mão treme. Sinuosamente as gotas de suor deslisam pela costeleta, chegando ao pescoço e mais. O lampejo no olhar define a observação: um nocaute numa luta à cegas. Um golpe de sorte, potencialmente e exaustivamente treinado. Os olhos do público sempre serão artesãos da multidão, varias mãos construindo um mundo baseado na dissimulação do que o estado de espírito propõe. Não consigo cantar para uma única pessoa mais! Onde estará meu mordomo? Eu não tenho direitos? (Risos irônicos) Confusão do eufórico com o melancólico, do leal com o caótico. Uma única vida num olhar, num espalhar de dedos reunidos como união para a vida toda. Um sonho! Um archote que foi aceso por necessidade. Sinceramente, minha pulsação me emocionou como se tivesse doze anos. E minha intuição conquistou seu coração, como se estivéssemos num só ritmo. Lugar assim jamais encontraremos. No entanto, quem garante que gostaríamos de um conforto socorrista como esse?! O mar está adiante, sob uma nuvem retorcida de desgosto e um azul pálido do céu que você não vê. A mentira é o azul. Esconde-se na neblina que criamos para subjugar o que queremos sentir. A dor responde, com a voz esganiçada de quem está sendo enforcada no momento. Isso porque gostamos de sofrer. Acreditamos que precisamos desse ar, desses ventos que enchem as velas de ilusão. Mas por favor, me diga que não é para a vida toda. Sim, pode me dizer em linguagem de sinais. Ah, como eu costumava aprofundar meu olhar nos seus movimentos e te contar como cada um deles formava uma palavra, uma emoção, uma verdade que sonhamos. Essas loucuras estarão sempre aqui! Oh, isso é demais para mim! Agora, só posso contemplar a natureza. Esperar o dia nascer, que o sol vermelho irá me iluminar... 

Olhos baços


Só quero a ansiedade para me acalmar
Sons vindos de qualquer canto frio
Um bom lar para chamar de lugar

Novamente com a cabeça no gelado do rio

Tento entender com a afobação de uma criança
Gestos feitos, palavras aceitas e o alimento que necessito, esperança...
Vida, anos perdidos. Voz, frequência esquecida.
Ouvidos, acomodados e distorcidos...

Por onde será que meus olhos andam?

domingo, 23 de setembro de 2012

Despertar



Foram-se o pó de sorrisos que estavam na gaveta do amor ao próximo. Voltou o coloridodo céu do ártico em pensamento. Misturas sólidas quebraram-se em um milhão de pingentes dourados e cristalinos sob a nossa volta, com a sensação do espalhar da aurora nos cobrindo magnificamente.
Não estava mais só naquela noite. Não sentia mais desprezo no frio, só desculpa para te aquecer, preparar sua cama com peles e cheiros. Sentia a resposta do seu corpo na pergunta silenciosa que fazia a si mesma me olhando de volta. Dançando, num ritmo lento com os calcanhares pregados ao chão, joelhos em um malicioso e breve semicírculo, para um lado e para o outro. As mãos se laçavam à frente com os braços baixos esticados, meneando infantilmente a cabeça, e os ombros se moviam me chamando para deitar. 
Amanheceu, um rastejar luminoso em sua pele nua, passando por meia janela aberta pelo vento despreocupado da madrugada. Minha alma saiu do corpo por meio segundo quando despertou e flagrou-me hipnotizado. Sorriu, espreguiçou-se e... Estava vivo novamente

terça-feira, 22 de maio de 2012

Renda-se ao Poder da Glória


São sensações jamais imaginadas
Uma errata mal informada nas trilhas sem pegadas
O caminho que diverte é o mesmo que entristece
Uma reta emocional com períodos de estresse
A viagem lúdica transformando o paralelo em real
Uma linha tênue entre a glória e o abismal
Sussurram os ventos da sorte
Enquanto saltita o magma da morte

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sem perder, me perdi



Foi na noite, num tempo ou templo nublado. Não sei bem. Ele se apresentou a mim como profeta dos novos tempos. Acreditei! Logo sugeri uma cartada e um pouco de bebida. Ele me apresentou um contrato, assinei! Por alguns bons anos desfrutei. Todo prazer que a carne pode me dar, sucumbi. Após isso, um longo, longo tempo na prisão da ansiedade; aflição, angústia, opressão, depressão e muitas dores mais. Acordando sem me lembrar de nada, numa espécie de catarse mental. Significando um entendimento sobre, não necessariamente como propriamente dito. Novamente, cuspido na Terra da discórdia. Me tornei cúmplice do descaso. Oprimi, angustiei, afligi, atormentei e causei muitas incertezas. Nisso que pensei quando me perguntava o que tinha feito pra merecer tudo que passei. Dizia eu que servia a caridade e ao bem, mas estava ganhando quando me perdi. É por isso que digo: ganhar ou perder quando se está perdido, tanto faz. Você já está derrotado. Pregado em seus “pecados” e seduzido pela ganância.   

Helton Gouvêa

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A resposta

Quando algo não existe tudo faz mais sentido:


Não há coisa melhor que o vazio quando se quer entender o que te completa.
Não compõe-se uma sinfonia simplesmente com harmonia. O silêncio é fundamental.
Não confunda o poder do ser, quando o maior é saber de si. 
Não pressione a contradição.
Não sintetize o ápice da razão. 
Não entenda o sentido com figuras visuais.
Não destrua o abismo da amargura. Contrabalance o doce do céu.
Não espalhe a loucura da paixão.
Não leia novamente sem a negativa que o não compreende.


Helton Gouvêa

domingo, 29 de janeiro de 2012

Homens invisíveis

Leio adesivos em postes. Reparo nas cores postas em fachada de comércio. Percebo a arquitetura em tom admirável. Critico numa conversa interna detalhes desajeitados, passando pelas ruas. Sinto a umidade do ar, para saber se irá chover. Sento, olho o mar.
Construo em pensamento: tiras bem humoradas do caos a minha volta. Lamento-o em seguida. Mas ainda rio. Estico vozes e torço objetos. Deparo o imperceptível e toco o invisível. Não paro de rir. Deito na areia, o céu está em partes azul com alguns toques esverdeados. O Sol aquece por trás das nuvens, que formam um trem soltando fumaça. Ouço no ouvido o farejar de uma criatura. Logo sua lambida o entrega, é um cachorro. Sorrio e convido a ficar ali comigo.
Fecho a mente e entro num labirinto, mais parecido com uma caverna. Está úmido e quente. Pareço alguém diferente, como se pensasse em códigos estruturais de possibilidades e probabilidades. Um antro da perdição se alastra em minhas idéias. Confunde-me, me joga perdido por horas no vazio. Abro os olhos, faz frio e é de madrugada. Estou com fome. Vou arranjar o que comer. Volto à selva de pedras. Peço ajuda, com minha tática desenvolvida ao longo dos tempos, eles permitem que me alimente. Corpo imundo, não me importo como estou. O mundo é minha casa, a solidão minha amiga e meu vício meu passaporte.

Encontro



Minha imagem reflete no fundo escuro do rio
Ri do penetrante espelho d'água tocando meus olhos
Tremem com a força da emoção
Gélido e pálido, nuance sensitiva
O ar imerso e dormente
Extremos insensíveis
Sons opacos, memórias... Silêncio.
Luz, imagens, confusão, barulhos, vozes...
Vida!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Relatório


Tão fúteis, mesmo assim com sorrisos altivos e condescendentes. A confusão é tentar encaixar em ordem o que estou refletidamente "sentindo", o que estou tentando mostrar, entender, assimilar. Olho para os que estão momentaneamente felizes com o pouco que seus governantes vos dão e imagino como seria a alegria plena dessas criaturas. Desvio um pouco o foco e estou dentro de uma criança... Estou lá, embaixo da mesa, brincando com meus amiguinhos. Onde o mundo se faz apenas dentre as quatro hastes e o pano que nos envolve. Tudo é tão simples, a espontaneidade nas atitudes é traduzida em paz irresponsável e agitação. Voltando os pulsos a velocidade do que  seria normal à eles, e à mim agora, nessa pele estranhamente quente, ouço palavras de agradecimento aos que ali estão. Algo como se fizesse algum sentido a vida, tivesse alguma lógica vinda de toda e qualquer pessoa presente. Sons muito altos com um contexto literário patético, e danças obscenas realçam a alegria dos idiotas denominados humanos. Essa é a felicidade que tanto dizem que sentem então? É assim que esses seres agem em comemoração a suas conquistas na conclusão de uma etapa de sua vida? É essa vergonha que deverei mostrar aos meus semelhantes quando voltar para o meu lugar de origem? Desrespeitam a moral e a intelectualidade de suas crias ao submeterem-nas a tanta irracionalidade assim. Seres ignorantes dominados pelo pensamento da minoria de sua raça, que também demonstra tolice ao deixar inerte os tantos mais de sua espécie. Tamanha é a falta de consciência dos humanos que tomam para si a riqueza que é de todos. Enquanto uns desfalecem por nada terem, estes outros usufruem como donos de todo conforto.
O Homem subverteu insanamente o significado de felicidade por ouro, conquista por ostentação e respeito por imagem.
De muitas coisas que vi na Terra durante essas 12 horas que aqui estive, esta é minha pequena contribuição para as pesquisas de campo da equipe.
Fechando a transmissão.

Distancia


No distante entendimento de um desvio, está o vazio que em algumas horas podemos chamar de dor. Em alguns momentos podemos definir como liberdade. Outros instantes, apenas solidão.
Algo para acalmar o tilintar das gotas de chuva do pensamento. Um solo onde podemos pisar descalços e sentir a umidade da terra batida, sentindo seu cheiro laranja fosco. Visitando com os olhos o gramado vizinho, que está verdinho e macio como as nuvens no céu. Ouvir o ritmo que o vento dá as folhas das árvores e poder mexer o corpo, em profundo consentimento a sua base harmônica. Acompanhar o canto dos pássaros com os pés, batendo-os nos ladrilhos coloridos da loucura. Refazendo, ressaltando e girando até a Terra parar. Até Ela estar em seu domínio. Até movimentá-la como bem entender.
Perceber que tudo está em sua imaginação. Sua forma de participar. Seu jeito de encarar. Aplaudir a natureza. Desconcentrar do lúcido. Sentir... Pousar... Estar.
Depois da curva vemos o que antes era um rabisco. Lá está o amarelo do Sol em tempo real. Aquecendo somente quem teve coragem de deslizar pelas vias do fantástico. Expandindo os reflexos da mente em centelhas de luz, formando mensagens de paz e reconfortando a alma. Refletindo, ecoando e sintetizando todas as vibrações calmantes que a distração positiva pode nos proporcionar. Sigo meu caminho, distante.  

Helton Gouvêa