Fotografias de sorrisos nunca tiradas retratam na paisagem quente do desejo um espetáculo intenso. Simples como sobreviver na floresta, observar farpas incrustadas em sua viagem e passear de guarda-chuva no fogo de lágrimas. Assim como garotas e garotos sentem o primeiro beijo, sendo comprometidos com a verdade. O luar, com um brilho castanho radiante numa curvatura sedutora entre nuvens, transbordando a solidão essencial. Solavanco, percepção, intuição; sabe-se lá o que me disseram sobre estar acordado em mim. Proposital, premeditando o reencontro. Poderia ter te avisado que sabia do escolhido, uma versão menos complicada da falta de comunicação emocional, entre seus pulsos nos olhares e minha garantia de atenção. Posso sentir o medo da perda em ti, uma locomotiva transcendente do amor e do vazio. Inconfundível relação de sofrimento e paz, discrição transvertida, uma aparição do descaso consigo. A vaga lentidão do possível e do que se foi tão rápido quanto o fim novamente. Volto a conduzir o navio pelo infinito azul de vendavais. Sombras respirando esperança, o violino calmamente soando entre a tripulação, enquanto o piano imediato sussurra e a volúpia dos ventos tocam o mar.
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