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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mapa em chamas



Fotografias de sorrisos nunca tiradas retratam na paisagem quente do desejo um espetáculo intenso. Simples como sobreviver na floresta, observar farpas incrustadas em sua viagem e passear de guarda-chuva no fogo de lágrimas. Assim como garotas e garotos sentem o primeiro beijo, sendo comprometidos com a verdade. O luar, com um brilho castanho radiante numa curvatura sedutora entre nuvens, transbordando a solidão essencial. Solavanco, percepção, intuição; sabe-se lá o que me disseram sobre estar acordado em mim. Proposital, premeditando o reencontro. Poderia ter te avisado que sabia do escolhido, uma versão menos complicada da falta de comunicação emocional, entre seus pulsos nos olhares e minha garantia de atenção. Posso sentir o medo da perda em ti, uma locomotiva transcendente do amor e do vazio. Inconfundível relação de sofrimento e paz, discrição transvertida, uma aparição do descaso consigo. A vaga lentidão do possível e do que se foi tão rápido quanto o fim novamente. Volto a conduzir o navio pelo infinito azul de vendavais. Sombras respirando esperança, o violino calmamente soando entre a tripulação, enquanto o piano imediato sussurra e a volúpia dos ventos tocam o mar.

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