Pesquisar este blog

domingo, 16 de dezembro de 2012

Mochileiro da galáxia



Desço ao seu mundo pulsante, apreensivo, lastimável e vertiginoso no sótão do universo. Relíquias, estrelas de seda envolta de lágrimas formando um jarro inseguro na dor lancinante. Jorrando desprezo, feito plasmas em explosões galáticas. Pó cruzando o horizonte no vácuo da razão, o único ar que consigo lembrar está preso no pulmão da mente. Mesmo assim, seu mundo continua translativo, rotativo e habitável. No mar das incertezas crescem gramas lilases fotossintéticas exalando esperança. Flutuam gigantescos algodões doces cor-de-rosa, e outros mais em tons sortidos. Uma distribuição espacial das partículas que as constituem são refletidas pelos sóis de sete cores no céu. Correntes de vento rodopiam conjuntos esplêndidos em sua alma. A vejo saindo do guarda-roupas de trás da sombra lunar, com resplandescentes olhos dourados corajosos para me saudar. A canção volta juntamente com a batida do coração. Ofereço todas as galáxias, por onde viajaremos juntos para o infinito. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário