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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Atirador


Escondido nos olhos de quem me observa. Trancado em simples motivações. Faço de suas palavras um esboço do que quer ouvir. Conspirando sorrisos com dentes apertados, como forma de lamentar o que já não consigo mais sentir, e vos digo os rabiscos antes anotados na mente, o que me fez chegar a ti.
Quebrado nos abraços carinhosos que recebo, fazendo-me pó de traças de minha própria quimera, tanasia, desconforto ou o que for. Constituindo pesares de lanças arrancadas do peito, tentando parar o que está presente todo o tempo. Cuspo em gotas de sangue rebuscadas: sentimentos, nos quais são lembranças abstratas. Observando ao longe a área de ameaça. Oh, não! Ele está ali parado. Sentando numa cadeira de ferro frio e ao lado um homem pode puxar uma alavanca a qualquer momento. Os homens são os mesmos. Os dias não enganam mais. A tormenta é rotina. A face a meia luz na sala é a vida que procuro em mim. Digo ao mundo quem não sou, para que descubram minha farsa e voltem comigo para onde quero chegar. Vivo ou morto. 

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