Pesquisar este blog

sábado, 20 de outubro de 2012

O pálido sol vermelho




Minha mão treme. Sinuosamente as gotas de suor deslisam pela costeleta, chegando ao pescoço e mais. O lampejo no olhar define a observação: um nocaute numa luta à cegas. Um golpe de sorte, potencialmente e exaustivamente treinado. Os olhos do público sempre serão artesãos da multidão, varias mãos construindo um mundo baseado na dissimulação do que o estado de espírito propõe. Não consigo cantar para uma única pessoa mais! Onde estará meu mordomo? Eu não tenho direitos? (Risos irônicos) Confusão do eufórico com o melancólico, do leal com o caótico. Uma única vida num olhar, num espalhar de dedos reunidos como união para a vida toda. Um sonho! Um archote que foi aceso por necessidade. Sinceramente, minha pulsação me emocionou como se tivesse doze anos. E minha intuição conquistou seu coração, como se estivéssemos num só ritmo. Lugar assim jamais encontraremos. No entanto, quem garante que gostaríamos de um conforto socorrista como esse?! O mar está adiante, sob uma nuvem retorcida de desgosto e um azul pálido do céu que você não vê. A mentira é o azul. Esconde-se na neblina que criamos para subjugar o que queremos sentir. A dor responde, com a voz esganiçada de quem está sendo enforcada no momento. Isso porque gostamos de sofrer. Acreditamos que precisamos desse ar, desses ventos que enchem as velas de ilusão. Mas por favor, me diga que não é para a vida toda. Sim, pode me dizer em linguagem de sinais. Ah, como eu costumava aprofundar meu olhar nos seus movimentos e te contar como cada um deles formava uma palavra, uma emoção, uma verdade que sonhamos. Essas loucuras estarão sempre aqui! Oh, isso é demais para mim! Agora, só posso contemplar a natureza. Esperar o dia nascer, que o sol vermelho irá me iluminar... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário