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quarta-feira, 24 de abril de 2013

O estranho hábito de guardar segredos


Ela acorda, atordoada ainda, sonolenta, mas ouvindo. Olhos distorcidos, um pensamento de luz na cela cega. Usando bancos de areia para acomodar sua agonia ácida na crença do vencedor. O que acontece com o dinheiro batendo dentro da alma? Procurando por ali e por lá, só o comodismo descansando no tráfego aéreo ilusório do contentamento. Silêncio agitado. Berros crescendo nos sussurros impertinentes da impaciência. Em outros olhos, estará longe para sempre. Tomando água, amarga, de um banho qualquer, numa pousada que não presta socorro. Desatentos, desatenção, talvez não. Volúvel, volume, intensidade, densidade depressiva, caindo na lábia suave do labirinto. Selando o beijo, desencontro surpreendente para ele. Onde estarão as dobradiças quebradas? Vozes fechadas nas paredes do quarto. Sedada pelo rum que a faz perder os sentidos do mundo lá fora. Velhos tempos estes em que nos encontrávamos de repente no alto da montanha. Venha novamente para cá, estou num estado de glória conformada. Num espaço sentido pela sorte da mudança, chegue o mais perto possível. Afinal, o mistério das pedras formam o caminho que procurávamos. Tente o melhor que puder, sem pressa, alivie o máximo de carga desprezível do seu corpo. Encontrei sua mão na escuridão total. Apenas confie na energia da estrela negra.

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