Ela acorda, atordoada ainda, sonolenta, mas ouvindo. Olhos distorcidos, um pensamento de luz na cela cega. Usando bancos de areia para acomodar sua agonia ácida na crença do vencedor. O que acontece com o dinheiro batendo dentro da alma? Procurando por ali e por lá, só o comodismo descansando no tráfego aéreo ilusório do contentamento. Silêncio agitado. Berros crescendo nos sussurros impertinentes da impaciência. Em outros olhos, estará longe para sempre. Tomando água, amarga, de um banho qualquer, numa pousada que não presta socorro. Desatentos, desatenção, talvez não. Volúvel, volume, intensidade, densidade depressiva, caindo na lábia suave do labirinto. Selando o beijo, desencontro surpreendente para ele. Onde estarão as dobradiças quebradas? Vozes fechadas nas paredes do quarto. Sedada pelo rum que a faz perder os sentidos do mundo lá fora. Velhos tempos estes em que nos encontrávamos de repente no alto da montanha. Venha novamente para cá, estou num estado de glória conformada. Num espaço sentido pela sorte da mudança, chegue o mais perto possível. Afinal, o mistério das pedras formam o caminho que procurávamos. Tente o melhor que puder, sem pressa, alivie o máximo de carga desprezível do seu corpo. Encontrei sua mão na escuridão total. Apenas confie na energia da estrela negra.
Somos a extensão de nossos pensamentos e vontades. Harmonias em tom essencial. Por vezes melódicas, em outras dissonantes. Buscamos o encontro de nossas vidas, as vidas de nossas buscas, e tropeçamos no acaso, sorrindo, para despertar afetivamente nossos sentidos aguçados. Instinto de sobrevivência. Viva, compartilhe!
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quarta-feira, 24 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
Ela, a vida, Ele, o tempo
Não paro. Se parasse, você continuaria. Já que continua, por que parar?!
Não corro. Se corresse, você ligaria. Já que liga, por que correr?!
Não volto. Se voltasse, você fugiria. Já que foge, por que voltar?!
Esqueço. Se não esquecesse, você não lembraria. Já que não lembro, por que não esquecer?!
Admiro. Se não admirasse, você não saberia. Já que não sabe, por que não admirar?!
Admito. Se não admitisse, você não sorriria. Já que não sorri, por que não admitir?!
Não confundo. Se confundisse, você entenderia. Já que entende, por que confundir?!
Não explico. Se explicasse, você pensaria. Já que pensa, por que explicar?!
Não abraço. Se abraçasse, você sufocaria. Já que sufoca, por que abraçar?!
Improviso. Se não improvisasse, você não cansaria. Já que não cansa, por que não improvisar?!
Sinto. Se não sentisse, você não mudaria. Já que não muda, por que não sentir?!
Espero. Se não esperasse, você não chegaria. Já que não chega, por que não esperar?!
Paro, você não continua. Corro, você não liga. Volto, você não foge. Não esqueço, você lembra. Não admiro, você sabe. Não admito, você sorri. Confundo, você não entende. Explico, você não pensa. Abraço, você não sufoca. Não improviso, você cansa. Não sinto, você muda. Não espero, você chega.
domingo, 21 de abril de 2013
Sucessão Mágica do Consumismo
Oh, salva vidas! Salva riquezas derretidas, incompletas,
parasitas. O mar acorda no peito arrogante dos projéteis intermitentes, são mansos,
silenciosos, preparados para te roubar os olhos ou vendar, vender, sua alma no
submundo, estruturado debaixo do tapete vermelho. Há muito tempo atrás fizemos
nosso melhor, planejando acabar com a máquina trituradora de ossos, tentando
vingar a mercadoria sanguínea, oferecida em troca de ar, de papel, pelo lado
oculto da vida. Alvos seguiram as vozes do abate, interpondo-se no caminho dos
observadores, entregando seu escudo no baque da explosão. Os vendedores
negociaram os restos como relíquias de guerra, os valentes jazidos foram
exportados em grande imagem empresarial, para que pudessem ser saboreados pela
ávida curiosidade insana do povo. Ah, dormir! Calmante dor, ferro quente sendo
dobrado por martelos, dia e noite sem parar. Percussividade mexendo corpos no
salão universal do controle mental. Não deixe, não pegue, aceite, reverte,
venda, venda, venda! Agora compre dez vezes mais do que o necessário, custando
dez mil vezes menos para eles e cem mil vezes mais para você. O que sobrou?
Bumbo, bumbo, bumbo, caixa, água oca, caixa, bumbo, eternidade. Não acorde
nunca, os coletes à prova de ilusões negras estão ficando ótimos! Combinam com
sua cara de trouxa exposta nas vitrines subterrâneas. Sim, morte! Morrendo
pelas alianças moldadas, completando ciclos viciosos de consumo, corredores! O
céu tange na libido acelerada dos trocadores tecnológicos, imersos,
incontroláveis, inescrupulosos, visando o futuro esplendoroso da humanidade
torpe. Caindo vagarosamente, o solfejo: “Uhhhhhhhhh”. Estamos perdidos nesta
terra faminta por lógica, precisão, razão... Ninguém sabe.
sábado, 20 de abril de 2013
Distraída na triste imensidão
Distraída na triste imensidão...
Deve haver um mundo fora dos seus olhos
Algo além, esperando para te curar
Sempre calada, descartando alegrias vãs
Inventando viagens, quero te expor no espaço
Acompanhar a luz dos bilhões de anos daquela estrela
Trazendo o sorriso que procura
Dispersa nos gestos da solidão...
Há uma lágrima em sua mão
De alguém, tentando transformá-la em recordação
Parada, lamentando antigas discussões
Improvisando ideias, trarei o alívio dos sonhos
Visitando um planeta por dia
Voltando a sentir o sopro da vida
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Não sou um de vocês
Enquanto caem esfomeados e doentes, passeio no meu Mercedes-Benz Classe M acenando ao povo, celebrando o milagre indiferente. Nada menos que todo o luxo que a ostentação apresenta. Sou tratado como o mais humilde dentre os que sofrem no mundo. Idolatrado, discordando com um preceito básico do que vos rogo a crer com tanto amor. Sou a mecha do prelúdio de gritos agonizantes, sulfurado na chama que exala a imensa simpatia que transmito; convertida admiração, devoção em desígnios impossíveis e totalmente prováveis com a fé monitorada pelos servos da desgraça. Enquanto rolam na dor e desamparo, discurso sobre a bondade infinita, sorrindo para as câmeras, propagando o selo do pacto magnificente que conduz à ilusão. Nada menos que o combinado possa valer. Sou anunciado como o mais salubre dos seres. Exaltado, impugnando o direito das palavras exemplares que vos digo com tanto prazer. Sou a flecha incendiária em gestos marcantes, sufocando a dona de casa que não percebe de onde vem a fumaça; divertida alucinação, adoração em escalas subversivas e completamente tragáveis com mel, deliberada pelos súditos da doce enganação.
Tentam levantar e se firmarem, me retiro nas nuvens de
seus desejos primordiais. E faço com que me puxe para conquistar o que nunca
vos darei, além de falsas histórias de quem um dia alcançou seu sonho. As
coleiras apertadas em suas mentes, enquanto as rédeas do poder estão em minhas mãos.
Mendigo da praça – Artista
Cara, quando um artista se expressa, ele pode estar transfigurando um monte de ideias numa só, ou uma em várias. Pode estar transmitindo empaticamente, moldando assuntos com suas perspectivas, viajando mesmo, saca?! Isto nada mais é que sua visão do mundo naquele instante, pois, logo passou e ele tá tendo um novo insight. A mente é uma máquina, não para; o corpo hidráulico, todo pistão e combustão. Meu, o negócio pode parecer que é com você, mas o cara tá externando, enxertando, sua sagacidade. Ninguém sabe ao certo do que realmente se trata, cada um sente a arte de um jeito diferente; conseguimos toma-la como uma dose de entretenimento, mas a verdade é que é muito mais que isso. Sua essência mexe com o coração, ferve ali dentro e expulsa o negativismo do peito, pura libertação! Já tive algumas experiências com pessoas que a engoliram diretamente, pensando que foi para elas que proporcionei determinada situação, só que não. Aí a relação fica estranha, o medo toma conta do envolvimento que se pode ter e o que não se quer ter, fica misturando um lance em outro, desanda tudo. Vai por mim, não tem que ser assim. Poderia perfeitamente ter seguido um fluxo natural, sem barreiras mentais, para ver aonde realmente iriamos chegar. Elas deveriam ter um senso de que o artista raramente revela seu íntimo, por qualquer motivo, entende?! Mas, ao mesmo tempo o que tá dentro dele flui. O objetivo é despertar uma razão, um sentimento passageiro, uma epifania, um sorriso... Com a consciência de que esta é a magia que a arte proporciona, não com a presunção de que tudo não passa de indiretas. Algumas coisas até convence e muitas confundem. A interpretação, a emoção, é individual, se liga?!
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Como se fosse nada
http://www.vagalume.com.br/stereophonics/it-means-nothing-traducao
Vivia longe, logo ali no caos, em meio as desgraças que me deixou de recordação Depois partiu sem deixar sinal, apenas um livro com algumas anotações. Queimei todas as páginas, uma por dia depois de lê-las. No fundo, gostaria de descansar um pouco mais, antes de partir para a noite fútil que brilha lá fora, com luzes artificiais, nos dentes superficiais à mostra, nos olhos sepulcrais. Lembro-me que com cinquenta e três irei estourar meus próprios miolos, bem que este dia poderia ser hoje, mas minha palavra sempre é de honra, então não será desta vez. Meio ano que não sorrio com força, somente com a educação que me resta, e com a esperança que deixou. Parece um enjoo na boca do estomago que nunca acaba, uma tontura que esvazia a vontade de uma mente perdida, a súplica de um doente no corredor de um hospital superlotado. O corpo em chamas, em chamas! Não há distância ou isolação calmante, tudo entra em conflito e faz cair a pressão. Realmente, não vale a pena, não se sinta mal por isto. Compartilhamos a mesma vergonha. Durará até encontrar a cura para a saudade.
Luquinha e Sr. Boo - Valores
- Como está sua mãe, Luquinha? - Tá bem, mas ainda num
gosta que eu venha aqui. - Os jovens são muito teimosos, rapazinho, e dizem que
somos nós, os velhos, sabe?! Um dia ela vai entender que fiz o que achei melhor
para todos. Não sou o dono da verdade também, é claro, apenas já senti coisas e
tive perdas muito dolorosas na vida para aceitar a rebeldia infantil dela. Bem,
vamos esquecer isso por hora, sim?! - Tá bom, senhor Boo. Isso é muito chato
mesmo. Sabia que quem roubou o Paulão era mulher? A polícia prendeu ela e tem
que investigar. Então, quer dizer que ela não é machista nada? O senhor disse
sobre o mundo machista, lembra?! Aí peguei e li sobre o feminismo também, e vi
que as mulheres conseguiram o direito de votar, como o senhor falou; e vi que as
mulheres conquistaram espaço em tudo que o homem faz, quero dizer, conseguiu
trabalhar e fazer um monte de outras coisas também, e ser mais respeitada. -
Estou orgulhoso de você, Luquinha. – o
velho abriu um sorriso calmante. – Esta suposta criminosa, se for realmente
ela quem roubou o Paulão, esta mulher é uma vítima do sistema machista. Deixa
tentar explicar melhor. Vamos supor que foi ela mesma quem assaltou a
borracharia, tudo bem?! Os espaços que o feminismo tenta ocupar, a meu ver, são
tão ignorantes quanto os que o machismo ocupa. Veja bem, Lucas. Um exemplo é a
presidente do nosso país, ela é tão machista como qualquer outro já foi. Não
vamos tirar o mérito do movimento feminista, que foi muito importante para a
evolução humana, mas deveria ter tomado outro rumo. Deveriam perceber que o
exemplo caótico do machismo não era bem o exemplo de sociedade que queriam, mas
elas seguiram por um caminho de igualdade de postos, foi nisto que erraram, em
minha opinião. - Não tô entendendo nada direito. – o menino coçou a cabeça insistentemente. – Você tá falando que a
mulher roubou porque o homem rouba também? - Mais ou menos isso. – senhor Boo continuou – De modo geral,
hoje em dia, o machismo e o feminismo são dois lados da mesma moeda, embora
muitos que me ouçam falando isso venham discordar. O machismo tem muitos
pontos, a opressão de valores é um deles, se a mulher que roubou o Paulão o
oprimiu, me responda rapaz: o valor da moeda não é o mesmo? - Tá complicando
tudo, velhote. – Luquinha brincou –
Tá, deixa eu tentar pensar então. Ah, mas o senhor tá falando no geral né?!
Porque minha mãe trabalha e não rouba ninguém. Acho que entendi assim: ao invés
da mulher ter colocado a sua cara em outra moeda, ela colocou na mesma moeda do
homem, é isso? - Ora, ora! Que brilhante conclusão! – o velho serviu suco de maracujá – Você é muito inteligente mesmo!
No geral, você entendeu bem. - Não disse
que sou inteligente! – o garoto passou a
palma da mão repetidas vezes, de cima para baixo, no peito estufado. - Bom
domingo, Luquinha! – Tchau, senhor Boo! – limpando
a boca com as costas da mão, entregou o copo e partiu com seu grande fone de
ouvido. ♪ Tell me that you'll open your eyes ♫
quinta-feira, 11 de abril de 2013
A fugitiva
Peço que retribuam da mesma forma, assim
julgo descartável toda esta atenção voltada a mim, disposta por minha
consciência. Busco o reverso de um olhar, e gestos podem demonstrar educação. Estas situações fortalecem o que não quero no outro. No entanto,
reflito simpaticamente para não ser rude. Mas se eu mesma ajo de maneira
inversa do que me agradaria, por que espero que o oposto aconteça, ao invés de simplesmente
me permitir? A resposta é a verdade que desperta afeição, mas teimo em
complicar tudo querendo saber o contrário, minando meu desejo. Sou atraída pela ironia da viagem, pelo caminho percorrido na contramão. Almejo longevidade e confiança. Meus testes são infalíveis, derrotam qualquer empatia. Não me apego
na tranquilidade do descanso oferecido por um possível amigo. Corro, corro e
entro no Trem Bala. Tenho que escapar logo desta teia que lançaram sobre mim.
O observador - O sentimento é querer estar e não encontrar segurança em nenhum lugar.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Precipício inverso
Apavorou-se, perdeu o rumo,
desequilibrou, anuviou as ideias, se precipitou. Disse mais do que devia,
apareceu, saiu à luz, mostrou muito do que sentia e correu para abraçar um
corpo que caia, despencou. Declarou-se, submeteu a dor à alegria, impulsionou o
nada contra parede, desmontou. Juntou o quanto conseguia, tanto pôde que
cansou, limitou-se, recostou e ressentiu. Soube bastante do que não podia,
pendurou-se, balançou e se lançou, tão longe, o máximo que viria. Viajou,
perturbou-se, afastou um tanto por dia. Acalmou-se, refletiu, observou a nuvem
distante e entendeu o que o prendia. Absolveu, cresceu, banhou-se em lágrimas
altivas, deitado na base de sua rebeldia. Tranquilizou-se, caminhou no fluxo
sábio dos acontecimentos temporais, aprendeu. Recusou-se, abordou a volta,
instilou amores condicionais nos quais se permitiram. Livrou-se, adiantou sem
seguir, foi para todos os lugares sem sair dali, aproximou. Conquistou-se, consentiu,
contemplou o voo do espírito, alegrou. Foi-se, encontrou coragem, guardou a paz
nos sorrisos amigos, descansou. Começou novamente e de novo, até não mais se
encontrar no vazio.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Insular
O navegador está quebrado, sem conserto e alagado. O próximo passo esperando entre a terra e o sal da água. Sem palavras, justo na precisão de algo reconfortante, ficou exausto na tentativa invisível de revelar-se amante. Então resolveu se enforcar, mas lá não havia árvore que sustentasse o peso mórbido de sua falência emocional. Pensou em se afogar, infelizmente era um peixe. Tentou se enterrar, não tinha forças para cavar. Jogou-se das nuvens, foi capaz de voar. Ateou fogo em si, tornou-se um sol. Fez jejum por sete vidas, miou de fome e não morreu. Logo, planejou um ataque terrorista à seu coração, amou o próximo. Transformou-se em sapo na aula de dissecação, foi beijado e se revelou príncipe. Entrou na contramão da via expressa, ficou estendido por quilômetros como piche até cansar. Subiu na torre elétrica sem proteção, iluminou o céu feito relâmpago e caiu por terra inteiramente bem. Foi ao inferno desafiar o diabo, tornaram-se grandes amigos. Reivindicou seu fim a deus, não houve resposta. Contou piadas racistas para negros na prisão, ficou rico e famoso. Desafiou assassinos, virou chefão da máfia. Enganou bancários e agiotas, elegeram-no presidente. Apareceu no fogo cruzado da terceira guerra mundial, ganhou o nobel da paz. Matou inocentes em Estado com pena de morte, prestou serviço comunitário. Mergulhou na turbina de um avião, pelos ares milhares de bolinhas de sabão. Dormiu para sempre, acabou acordando no infinito. Ofereceu carona em sua imensidão, viveram felizes para sempre.
Areias - O estranho
Quando se encontra uma mão fechada no deserto nada fica mais interessante do que o segredo que ela carrega, com suas emoções congeladas. Acabe com pensamentos sobre o outro lado da íris, são brilhos sedutores miseráveis. Transporte cada grão para dentro da alma e vá embora ao anoitecer, beijando o frio solitário e intenso que chega a queimar toda esperança da manhã seguinte. Não consegue pregar os olhos em nenhum momento, o absurdo te põe em condição deplorável. Ame mais de uma vez e somente um poderá libertar o outro da angustia, eu sei que posso, chore quantas vezes suportar antes de se jogar na areia. As horas insanas e lúdicas em sua cabeça transmite todo um entusiamo apaixonante, por aquela sensação que já não deseja mais, mas a quer sem motivos nem causa, por ter sido comovida, por ter acreditado em suas promessas amorosas. Sem esta sensação pode estar perdida atrás de olhos que não são seus, porém, pode ser que encontre vida novamente. E com tanta obsessão, está cada vez mais perto da depravação dissecando seus sentimentos. Pretendo te oferecer qualquer caminho que se sinta bem. Só o horizonte salva quem chega neste lugar calmo, preparado especialmente para corações bons. O mistério está no emocional protetor e não nas mãos que seguram e abandonam. Desprenda-se do sofrimento enquanto há tempo. Ele está muito feliz em te ter como amiga, assim como não tem a mínima ideia de quem o acompanha. Pois, para ele, você não representa mais que um grão diante de tanta areia que largou por aí, mesmo conhecendo todo seu amor. Enquanto para mim, isto tudo não faz o menor sentido estar acontecendo com quem já chegou além da superação.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
A fugitiva - O estranho
Posso me entusiasmar com pequenos detalhes imperceptíveis, a escuridão humana atinge qualquer mudança interior por um motivo, facilmente não acredito. Deixo confuso, persisto indecisamente, a auto-lucidez da imagem em ação, ao contrário, atordoante, funcionalidade intransigente. Não está em mim, nem em você. A sonolência tropeça em meus calcanhares, mesmo com isso, não consigo considerar oceanos entre nós. Posso nadar sem saber, sob as estrelas e ventos solares, isto não é incontrolavelmente longe, eu garanto. Sinto seu brilho guiando e aquecendo meus braços. Já sofri muito mais, me desdobrei em sete mil galáxias. Deixo o dia correr leve por aí, sem condições de fugir do corpo, mas tentando desesperadamente te tocar. A projeção tão embaçada entre nós, neste mundo falso e ensandecido pelo vazio. O mundo inteiro nos prende. Estarei te protegendo de toda sujeira maliciosa. Onde será que encontro tua verdade? Você pode levar esta evasão embora? Deixe um sorriso amigo, para um estranho que nunca mais dormiu sem pensar na tua alegria.
Todos eles te mostram para onde ir. Eu só quero ir com você, enquanto forçam minha passagem para outro lado. Ninguém pode desviar minha certeza. Dizem que tua mensagem é dolorosa, vinda daquele lugar inabitável, e que só me trará mais do nada que já sinto. Honestamente, não sei mesmo o que dizem, confio no caminho que nossos passos estão seguindo. Simplesmente porque fugimos pela mesma linha de desdobramento no espaço-tempo, nos transportando para outra dimensão.
Todos eles te mostram para onde ir. Eu só quero ir com você, enquanto forçam minha passagem para outro lado. Ninguém pode desviar minha certeza. Dizem que tua mensagem é dolorosa, vinda daquele lugar inabitável, e que só me trará mais do nada que já sinto. Honestamente, não sei mesmo o que dizem, confio no caminho que nossos passos estão seguindo. Simplesmente porque fugimos pela mesma linha de desdobramento no espaço-tempo, nos transportando para outra dimensão.
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