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sexta-feira, 29 de março de 2013

O estranho na grama




Não é só porque gosto do esquisito que não me identifico com o habitual. Mas o lance é que enjoo rapidamente dos padrões massantes, do que vem escrito em qualquer manual de instruções, numa coisa que não existe porquê morrer em vão. O interessante do raro é que pode ser um normal a cada fração de segundo e vir a ser minha redenção num mundo rotular, este em que pessoas passam quarenta anos pensando nas mesmas coisas. Construindo suas vidas com uma visão em linha reta, ao invés de libertar a energia da alma para que possam sentir, exibir, *extrovertir... Um infinitésimo da essência do cosmo que seja. Não é fácil ouvir todos dizendo que tudo está em seu devido lugar. Mas, os mesmos, os de sempre, não percebem que há lacunas tão previsíveis quanto sua preocupação em melhorar de fato, sem egoísmo. Tento crer na busca pela saída do corredor da morte, ao menos isto me faz bem. A esperança é uma fonte tola se não for para ter outras opiniões sobre o universo e sobre como o convívio está apodrecendo entre nós. 
No entanto, é tranquilo perceber um calmo ser voando, um outro vagaroso sorrindo, um  mais agitado brincando. Mas ainda sim o mundo de plástico polido está ao redor, forçando a entrada dos que estão na grama para respirar o estilo extravagante logo ali. As conexões eminentes podem atingir um nível de união que a lógica conhecida hoje jamais explicará, baseando-se no estável inesgotável em vez do provável temporário. Permita-se ao oposto e aprove a viagem consciente que não pode ser alcançada na caixa em que vive por décadas a fio. Puxe o fio e se toque, apalpe seu rosto, pois é muito esquisito ser igual a todos.    




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