Meio-dia, e meio, meia-noite, zero hora. Estou no mesmo lugar de ontem, agora e hoje. Continuo na caixa, desta vez foi por escolha. Deve ser o costume, sua voz que badalou no silêncio de repente. Antes pensava seguir para onde quisesse, no momento estou aqui refletindo, e amanhã saberei me adiantar. Estranho é poder enxergar no escuro o que faltou, transportando-me feito mercadoria, devolvendo o presente que roubou. Chegou, parou, abriu e carregou. Desta vez fui intencionalmente, simultânea complacência comodista agarrando-se ao outro. Tentativas exaustivas remontando o desencaixe, chance por erro, abraço e dissentimento, toda forma de poder transtornando o carinho, transbordando intranquilidade pelo caminho. Desejando um novo começo com a mesma sensação presa na garganta, inflamando a sugestão de que não há mais para ser, chegou ao seu fim.
Faz dias que não durmo direito... Boa noite, vou me deitar.
Naquela direção vaga, embaçada, mórbida... Já não está aqui. Vou aonde um lugar me leva, flutuando na bruma dispensada pela trégua do mundo. Só o passado molhando e esfriando o as dimensões, ainda não aconteceu o melhor. Também não me sinto presente. Desaparecendo e perdendo-me no que se foi, na fenda que corta dois planos sensíveis ausentes. Hoje, a noite, agora, ao acordar, ontem, pensei em você o tempo todo. São olhos no abismo instigando correntes de ar e fogo expostos, pulso frágil, o que me faz fluir.
Parado na encosta íngreme, sensações vertiginosas de um sorriso, de uma emoção sem igual na planície da lembrança. Simpatia suplantada e incandescente gritando aquilo que talvez nunca saberei, acariciando o que talvez seja inquietude compassiva. Soando cordas curativas, renunciando o máximo de sua ousadia, sustentada na superfície pragmática e gélida da opressão fatídica. Consentimento duplamente contraditório desejando uma incrível felicidade, jogado no seu discernimento; enfeite do egoísmo solidário, praguejando consigo mesmo o quanto poderia ter sido. Sim, não há dúvidas disso, acabou.
Parado na encosta íngreme, sensações vertiginosas de um sorriso, de uma emoção sem igual na planície da lembrança. Simpatia suplantada e incandescente gritando aquilo que talvez nunca saberei, acariciando o que talvez seja inquietude compassiva. Soando cordas curativas, renunciando o máximo de sua ousadia, sustentada na superfície pragmática e gélida da opressão fatídica. Consentimento duplamente contraditório desejando uma incrível felicidade, jogado no seu discernimento; enfeite do egoísmo solidário, praguejando consigo mesmo o quanto poderia ter sido. Sim, não há dúvidas disso, acabou.
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