Pesquisar este blog

quinta-feira, 28 de março de 2013

Aderência derrapante









Um campo multiligado ao perigo dos karmas envolventes, atrai o código destemido do justiceiro paralítico. Só precisa vencer a si mesmo, tudo que procura distrai sua paciência resoluta e agouros insistentes desconectam o fio nas vozes acolhedoras do amago prudente e consequente. O que será isto? Politicagem esfarelando desde os contornos mais simples até os alimentos geneticamente modificados, para que o processo glutinador massivo passe pela fase de alienação empática. Eu sou tudo que você precisa, o próximo passo por aí a fora: o outdoor que dá sentido a sua vida, um set de quinze minutos de fama, uma concha de feijão, com caldo grosso, na tigela do haitiano. Leve-me a prova do destino mais absurdo, estarei vestindo um terno azul metálico listrado, em vez de mãos, estarão maletas abertas pregadas ao pulso. Papéis assinados por sete bilhões de pessoas sairão sem parar de lá. Um monte de pacotes invisíveis, possibilitando a vida real no paraíso intocável, extravasando medos ambulantes disfarçados em embalagens indispensáveis. Tenho medo, necessito do horror, um estado puro de deliberação do que é meu, sentido por mim e decidido pela conta do menor, que vale a surdez instantânea da humanidade. Algo insensível demais para me tomar o tempo, mas compra meu comodismo eterno. Deito e relaxo na cama de espinhos venenosos ouvindo o batimento do coração explodir em êxtase, socando o estase com força para dentro da alma. 
Ainda posso tomar um banho, me afogando em suas crenças inúteis, insolúveis condições de história para boi dormir e acordar com uma batina cheia de riquezas filosóficas e pouquíssimos gestos efetivos de carinho. O mundo falece e ele, com sua devoção extremamente benéfica, apenas se senta num banco de madeira, tomando o sangue de quem um dia acreditou. O sacrifício não pode ser mais ofensivo que a vida que levamos. Racionalidade sagaz, animalismo emocional. Conjunção imposta com o intuito da dependência afetiva dos órgãos vitais. A tela, cada vez mais fina, mostra uma beleza modelo inerte, padronizada, em que a pessoa mais sensível, que não conheço, poderia quebrá-la com o batimento de sua bondade, que tanto admiro com olhos espectadores. Pois esta sim, tem a coragem de embelezar o mundo com suas boas ações, totalmente tangíveis.  Simplesmente não vá embora, o verdadeiro amor espera.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário