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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Doutor solidão


Tão longe da dosagem certa, ele se automedica... Infusão amarga e infecciosa... Sente em sua garganta a morte lenta do seu próprio veneno... A reação do fluxo vital o chama de fracassado... Implora sua entrega... Dá passagem livre as trevas, pra fazer o que quiser em sua essência mental... Corrói seus cordões afetivos de amizade... Chuta sua cara enquanto cai no abismo sem fim... Não mais consegue expressar empatia, nem ao menos se importa consigo mesmo...  Suas bolsas de lágrimas estão cheias de ódio... Que agora escorrem furtivamente sob sua face nefasta... O lado negro da sua alma confirma a catástrofe emocional... Um homem totalmente consumido pelo instinto animal... Pulsando incompreensão... Arrebatando qualquer tipo de contato com sua foice viral... Colecionando cabeças... Rasgando aspirações dos sonhadores... Andarilho da noite... Vento sombrio e gélido do medo... Com suas garras arranca seu frio coração... Amaldiçoado com seu comportamento hostil... Perturbado por suas lembranças desajustadas de foco... Em queda livre sem chance de resgate... Debatendo-se nas rochas ásperas e pontiagudas... Cai... Sem parar... De sentir dor... Cai... Já não agüenta mais pessoas sem machucados e felizes ao seu lado... Torna-se carniceiro... Lambendo feridas cheias de pus de desavença... Retalhando pessoas pra sustentar seu vicio... Alimenta-se das fraquezas dos outros... Uma aberração, enchendo-se da insuficiência humana... Comendo restos de passados tristes e tomando forma bestial... Com seus olhos vermelhos e pele enegrecida... Conduz a legião do mal... Assombra seus sonhos... Acorda seus pesadelos... Destrói vidas e joga pessoas na fenda do sofrimento... Simboliza o mal em espírito... Filho de Lúcifer... Pai das mentiras...   

Helton Gouvêa                        

sábado, 25 de junho de 2011

Ciclo da vida


Algo assustou a pequena criança
Ela chorou num canto sozinha
Sem proteção e sem a menor vergonha de seus sentimentos
Segurou o pano da camisa encharcada por sua dor
Mordeu a gola com toda força e sugou um pouco do soro de suas emoções
Alimentou-se de sua fraqueza...
Ninguém a acolhe, e ela se recupera...
Levanta seu olhar... Que percorre e desenha o momento...
Com giz de cera contorna, e pinta com lápis de escrever...
Guarda o desenho na sua gaveta da decepção...
E vai trocar sua roupa que sujou ao se jogar no chão...
Mãos esfoladas, ela começa a perceber que não vale a pena...
Não vale sentir tanto medo assim das coisas que a assustam
Agora ela está mais corajosa... Sua motivação em crescer é enorme
Seus passos são firmes e revolucionários... Já não é mais uma criança
Nem tão pouco adulto... Estava voando num avião a jato... Com explosivos nas mãos...
Bebendo e fumando... Julgando povos e leis sem ao menos se interessar por isso...
Após muito cair... Em paz consigo mesmo... Chegando às grandes responsabilidades
Tudo que existe é abaixo da preocupação... Da vontade de vencer e sustentar a si próprio
Sempre que pode guarda um pouco do que tem para o futuro...
Ele chega rápido demais... Ela está assustada por já ter vários de sua origem...
Mas ao mesmo tempo terna e alegre por ter conquistado tudo aquilo...
Mais feliz ainda por ver quanta felicidade existe ao seu redor...
Quanto ela contribuiu para harmonização daquela união...
Porque passa um sorriso confiante e tranqüilo...
Porque abre teus braços para meio mundo...
E isso tudo sentindo o fim chegando...
Chega com passos leves...
Estende a mão...
E a guia...
Fim...



Paixão de filme

Siga meus pensamentos... Não minhas palavras... Olhos atentos... Não são melhores que minhas emoções... Tão pouco suas razões pra ouvi-las... Fique atrás da minha grade emocional... Seus sinais de fumaça... Como de um vulcão que adormece... Quando acorda todos sabem... Sabem que está chegando... Sabem que está queimando...
O medo é o mais previsível dos sentimentos... Mas peço que não jogue fora o que é meu... Deixe estar no seu lugar, que a pouco cheguei... Abrace meu calor embaixo da coberta... Numa cabana que eu mesmo fiz... Pra nos proteger... De você mesma... De seus sentimentos por mim...
Num aperto de corpos esclarece o que não há mais dúvida... Mas esconda-se...
Esconda-se das chamas que vem da erupção... Que está devastando nossa lógica... Nossa covardia... Nossa cautela... Nossa timidez... Fique por perto... Quase aqui, mas já estando...  Só até quando eu respirar... Pra todo sempre...  
Posso tentar te enganar e até conseguir... Mas jamais enganarei o que estou sentindo... E você não se contentará com o que está ouvindo... Sendo nosso ponto de encontro e subentendimento, aquilo que estamos dizendo sem palavras... Aquilo que está além das expressões algébricas de nossas brincadeiras sérias...  
O fogo já está em nós... Arde prazerosamente... E aos poucos consome nossa paixão... Dia sim, outro também... Siga meus sinais de fuga e corra atrás... Todas as rotas me levam ao mesmo lugar... Já não é mais necessário escapar... Nem me esconder de você... Nem você de mim... Pois já estamos presos juntos... Com a chave na mão... Você sai, mas sempre volta... E sempre voltará...

Helton Gouvêa

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um amigo

Eterna saudade de sua alegria
Uma luz que irradia de sua triste partida
Clareia nossas moradias
Clareira que aquece amigos nas noites frias...
Todo sorriso despertou euforia
Transpareceu juventude sadia
Traços de rebeldia e luta
Sua força estava na permuta...
De bons conselhos e abraços concordantes
De brincadeiras fáceis e gestos infantes
Tua bandeira de paz nos locais decadentes
Oferecia abrigo aos necessitados e carentes...
Tua música nos auto-falantes
Direcionava passos errantes
Acolhia pessoas tratantes
Acalmava os mais gritantes...
Unia grupos distintos
Passando por seus labirintos
Transformando guerra em paz
Tua matéria presente não se faz...
Porém tua alma nunca nos deixa sós
Um amigo que injustamente foi tirado de nós...

Helton Gouvêa

terça-feira, 21 de junho de 2011

Meu cm


Corpo. Flor na pele. Cor,  maçã... Do rosto. Aroma ameixa... Da prevenção, o amor... Na dor a paixão... Seu minuto, meu segundo... Agora se acalmou. Voltou ser o que nasceu para ser... Memórias tão vivas que aconteceu de novo. Vem ser meu cm no meu quadrado  sentimental. Não consigo mais dormir sem sentir aquela alegria. Repleto de acasos... No espelho da mentira, frente a frente com a verdade que brincamos em desmentir. Vem me esvaziar a amargura. Vem tentar me consertar. Vamos lembrar de conversas que não tivemos. Melhor que eu, você sabe o que quero dizer. Mas não quero admitir... Com ou sem você, eu vou. É o que digo... Na verdade não saio de lá sem você. Não consigo viver mais sem meu cm. É, o espaço que falta na minha razão. É a única coisa capaz de preenchê-lo... De retê-lo. Derrete-lo, com seu fervor... Desavisado. Revelando o que realmente está por baixo do pano. Tingido de sorrisos tristes e tristezas alegres. Somos eu e você de mãos dadas. De laços desatados. Porque somos livres com nós mesmos. Porque sabemos a diferença. Vivemos felizes então. Na saúde ou na doença. Até que o infinito acabe. Até que os deuses sejam maus. Até esquecermos porque estamos unidos. Sem saber o porque olhamos um para o outro. Olhamos felizes também. Meu tempo é seu... E o seu, meu. Meu cm... De emoção. Minha imensidão. Nossa viagem... Uma alça sem maleta. Quando a mesma sou eu... De braços abertos. Apronte seus adornos em minha fortaleza. Sinta-se segura... Por mim. Suavizo sua alma em meu peito. Ouça a sua voz... Diz que ainda não sinto coragem que saiba. Mas saiba o que a coragem tem a dizer... Nessas palavras... Avulsas... Com duplo sentido. Para te confundir. Para sua respiração aproximar-se da minha. Para sua timidez enganar minhas intenções... E nos morder de brincadeira. Na vontade inocente... Rimos. Nos espalhamos na cama feito crianças. Nos conduzimos frente ao outro como amantes. Seduzimos a imaginação e no encontramos. Voamos para bem longe. Só para ver um filme. Só para ser a desculpa de nosso bobo cm... O meu não... O seu... Que é meu. Por menor que seja... Sua vontade de ir embora... Não vá ainda... Meu fogo também me queima... Fica... Confia... Acorda.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Frio... Está muito frio aqui

Frio, está muito frio aqui... Calma ai... Esperei pra estar aqui agora... Esperei pra ser alguma coisa nesse instante.. Me mantenho fixo no real... Porque sei que não existe... E sei que nao é pra sempre... Estamos aqui novamente... Somente algo em você que me faz crer que estamos aqui... Novamente... A sanidade é irreal... Jaula... Uma anfitriã coadjuvante interlaçada pelo medo... Me procura a todo momento... Vivi momentos e sentimentos... Agora é hora de ficar em paz... Fique comigo em lugar de tranquilidade... Estamos aqui.. Viva comigo... Seja eu... Me torne o Sol... Estou aqui... Eu sou você... Reaja... Reaja... Você não é de papel... Seja irrelevante... Transmita puberdade... A mensagem fará o contrário do que você disser... Ajeite-se... Passe... Decomponha... Fixe... Contorne... Nada será seu... Nunca... Revele a forma de um ser digno... Mostre-se humano pra mim... Não pode negar a impulsividade de fazer o mal... Nem a bondade de dizer ajudo... É inegável... A forma do ser e estar se faz presente... São palavras eu sei... Mas qual de nós nunca foi uma? Nunca definiu algo por sentenças desavisadas? Quem não me julgou? Jogou chamas de maldade na caixa de pandora? Cultivou no teatro da mente um momento circunspecto da verdade?... A impaciência nos torna frágeis... Sepulcros da inocência... Momentos agonizantes durante anos... Estamos aqui ainda.. Doentes... Vulneráveis... Falo comigo mesmo... Sou eu pra mim mesmo... Discuto... Obrigo... Escuto... Fica claro a escuridão dos passos para a morte... Fica vazia a sala com verdades ditas na curva da razão... É incessante o grito de aceitação e extremamente doloroso o impacto das mentiras... Que não deixam dúvidas da verdade que é mentir... O frio consome as ligações de lógica... Fome... Sinto fome... As costas ardem com o peso do sono... Impureza de sermos quem nascemos pra ser... De jogarmos dados de azar sabendo da certeza do insucesso... Estou com muito frio... Frio demais... E sono... Não quero dormir... Porque dormir é perca de tempo... Ninguem é igual a ninguem... Jamais será... Descontrole... Absolvição... “Ele é o único que me aceita”... ”Mesmo com defeitos”... Mentira! Não fale bobagens mulher... ”É a verdade”... Mas tá demais de ruim... Sensação da morte... Parece o fim... Senta do meu lado com cara de amigo... Desgraçado... Sei que é ele... Segure minha mão então... Porque não quero... Sinceramente... Porque não quero. Acho inútil... Passei a aceitar mais as pessoas do jeito que são... Você aceita?... Deve ser esse o problema... As pessoas não gostam de ser aceitas... Gostam de ser contestadas... Anuladas... Vulneráveis mais uma vez... Querem nosso desprezo... Não aceitam nossa devoção... Nossa coragem... Nossa vida. Tristeza... Não é o suficiente pra chegar onde cheguei... Isso é figurinha pra completar albúm de vida... Isso é perseverança manipulada pra ser felicidade eterna... É amar a sí mesmo mais do que se precisa... Mais que preocupação de sabedoria intuitiva... É extensão da auto-estima... Caiu no desgosto... Porque está se martirizando por uma coisa que é de agrado ao deus da vida?... Você está sofrendo por algo que a vida impôs a você... E impõe a qualquer pessoa que já respirou na vida... Isso é comum... Senso de qualquer pessoa que esteve brincando com o descaso... Acabou tudo... A dor... Solidão... Entre-linhas... Desprazer... Mentira... Inveja... Enganação... Sobreposição... Mostruário... Cabides de arrogância... Negação... Não se acaba o que não tem fim... Quem disse que a vida é o que queremos que seja?... O frio consome a lentidão e fica mais parado ainda... O fogo congelado condiz com a relevância de uma vida em vão... Sim, todos nós estamos fadados a ela... Sim, todos nós pagamos um preço alto por ela... Mas não, não temos direito algum sobre coisa alguma depois que passamos porisso... Qual razão pra descontarmos raiva que seja, em sobriedade ou na aflição... Dignos de pena... Será? Por favor, volte mais uma vez... Diga: Agora, agora... Cante em meu lugar... Em meu lugar estará perdido... Perdido... Encontrará violência... Estará frizado no borrão das atitudes circulares... Me tome de volta ao inicio...Está muito frio...Frio demais pra ser verdade...Alguem me aqueça... Me aqueça por favor... Me cubra... Estou morrendo... Está...Esss...tá...tá...friii..frii..frio...aa...qui.


Helton Gouvêa

sábado, 18 de junho de 2011

Há algo em mim

Não sinta-se inofensiva por chorar
Derrame seu pudor pelo caminho
Assim mesmo, liberte  seus medos
Arraste-se sob seu sangue ralo e fraco
Sinta o cheiro inebriante da dor
Perca a sanidade dos loucos
Segure-se nas guias e no corrimão
Diga que foi estupida a sí mesmo
Force a coragem de viver e o desabrochar da angústia
Siga os passos que ainda não foram inventados
Então cresça! Levante-se!
Olhe acima de dois palmos, coisa jamais feita
Grite, com os braços para o alto e com os punhos cerrados
Ecos de superação voltarão ao seu lugar, no peito
Respire o emaranhado ar que poda as flores do bom senso
Solte as hastes que sustenta seu equilibrio na terra
Não existe chão. Não há barreira. Não, é passado
Agora corra no instante de seus novos olhares
Novas paisagens. Novos horizontes
Será passado em momentos vagarosos
Num suspiro profundo serão contos e boatos
Mantenha-se firme minha amiga
Aprenda a fechar os caixões das desilusões
Fique comigo do lado de fora
Onde o travestido furacão do amor não passa
Aqui ele está nu e pousa com suavidade em nossos corações
Sorri gentilmente nos convidando a ser feliz


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cavaleiro Prateado


Não quero que me contemplem
Nem que me façam rei
Nem atenção fora do comum
Não quero algo a mais de ninguém

Não quero que me ignore
Nem que me faça de escravo
Nem mais do que mereço
Não quero demais de alguém

Sou na minha o tempo todo
Sem entregas “desendereçadas”
Sem indulgências desnecessárias
Sou mais meu do que seu

Sou jogos de sedução
Sem mostrar minhas artimanhas
Sem omissão no campo de batalha
Sou cavaleiro de coração

Não afogo suas mágoas no meu poço
Nem empurro as minhas no seu
Nem deixo de chorar por isso
Não permito saber o que sinto

Sou embalos da solidão
Sem acompanhar o solitário
Sem dar as mãos ao mistério
Sou enigma transcendente da paixão
             


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Solidez



Nos apegamos a algo certo
Mesmo sabendo que está em pedaços
Garimpamos nos córregos da razão
Uma pedra de sustentação...


Longe de encontrar o ponto de encontro
Perto demais dos escombros de nossa solidez...


Semeamos nesse terreno infértil
Esperando o amanhecer
Atolados na lama do orgulho
Cegos do que pode acontecer...


Acabam-se as forças de luta
Nosso ódio está preso
Na cela da introspecção
Alimentando-se do tempo...


Pena de reconstrução
Trabalhos forçados
A liberdade se aproximará
Quando a culpa nos deixar:


Longe do encontro de nossos escombros
Perto demais do ponto de solidez...


Helton Gouvêa

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cativa-me

Mil faces ela tem
Porém segue sua emoção
Livre como ninguém
Sempre perto do meu coração

Escrito como criança
Pois assim a vejo
Ela canta e dança
Como diz: "apenas no chevero"

Sejamos sinceros então
Terra do ouro que foste nascer
Uma jóia rara para nossa nação
Você estás aqui, mas quem estás a ser?

Compulsividade de atenção
Nunca me identifiquei com algo assim
Da minha parte só haveria repulsão
Mas cativou-me e me perdi a dizer sim

Sim a sua simpatia
Sim a sua canção
Sim a sua alegria
Sim ao seu coração

Fique nessa rima infantil
Meu apreço ou insanidade
Por sua pessoa ou suas mil
Eis aqui a minha amizade

Helton Gouvêa

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estrela

Sinto saudades...
Desenho nas nuvens teu rosto
Imaginando...
Belos contornos
Olhos lindos como estrelas
Castanhos bem clarinhos...
Te procuro em cômodos da minha alma
Faz falta tua aproximação...
Mesmo que implícito, aproxima-te!
Que seja para me agredir com tuas despedidas
Apenas fique em minhas partes intrínsecas...
Nos meus sonhos pacientemente solícitos
Acolha-me!
Nos céus de marte à parte...
Seguros pelas mãos
Passeando pelos ares
Unindo desejo e coragem...
Simplesmente o oposto do chão
Te segura!
Volto atenção a ti
Curtos cabelos louros
Tremeluzem ao Sol
Pele branca sob o vento
Macia ao tocar
Boca na minha
Selando a passagem...
Terra firme
Onde passa o rio brilhante
Sinta-se em casa meu amor
Vaga meu pesar em te soltar
Abraça-me!
Amanhã te espero outra vez...



sábado, 4 de junho de 2011

Canções de guerra, filmes de amor...


Me levanto de olhos fechados, sigo correndo sem me preocupar...
Subo muros e grades nessa alucinação
Vou até o fim, por que até o papa é pop
E sei que planta carnívora devora canibal vegetariano
Somos todos iguais, para ser sincero...
Somos um exército de um homem só
Na contramão do que se dizia:
-Faça algo por você!
Não me lembro qual foi a última impressão que tive de você
Mas sei que sem você é foda!
Me falava que era um garoto que como eu,
Amava os Beatles e os Rollings Stones
Eu dizia que quem tem pressa não se interessa
Vou vivendo nessa vida real, nessa infinita highway!
Dançando refrão de bolero...
Vendo filmes de guerra e ouvindo canções de amor
Sabendo que às vezes nunca dá para entender
Agora tententender quanto vale a vida
Guardas da fronteira? A revolta de Dândis?
Desde aquele dia eu ando só...
O preço de sermos quem podemos ser
Os números não são mapas do acaso
Além dos outdoors eles ainda fazem crônica
Mera realidade virtual
Ouço vozes da terra de gigantes, depois de nós...
Dom Quixote diz que a terceira do plural está em outras frequências
Fazendo pose para foto 3x4
Mas só uma coisa para te definir: Perfeita Simetria
Freudflinston será o padrinho desse casamento