Pesquisar este blog

sábado, 20 de agosto de 2011

Confraria dos poetas esquecidos

Poesia são frações do tempo... Extensões de sentimento... Alento contra o vento... Simplesmente complicado...  Formigamento do conspícuo... Intimação da nossa natureza... É o resumo da confusão disparada em lamentos... Externar o que dizem dos que aparentemente são loucos... Como você disse a pouco que tomo Prozac... O que fiz foi sair em minha defesa com uma camisa de força amarrada na cintura... Por que to escrevendo... To inspirado aqui... Não posso perder esse "baque" da inspiração... Baque: tomar pico na veia com o ópio... Da emoção... 
Qual a função de alegrar-se com alguém? Seria um toque de magia a vida de outrem? Essas perguntas já não respondem que estou feliz comigo mesmo? A minha droga é um sentido repentino vindo de algo súbito e imponente... O meu vício são meus descontroles dos amores que perdi em terras... Minha vida tem pena e tinteiro, em ocasiões dispersas a vontade organicamente programada...
São danças no escuro com garotas virgens de mim... Desafinações que nos divertem sem preocupação com os apontamentos dos críticos...
Quando estou com problemas eu não gosto de ter fórmulas... Vezes eu cerro os dentes e sigo em frente... Outras eu deito na rede... Há também horas em que faço a primeira bobagem em mente... Mas tudo depende. Quando se ouve a razão, ou se houve a razão pra qualquer coisa que seja... Pode-se considerar chatice pura. Pois, só a loucura, os gritos, os movimentos desordenados do amor são capazes de purificar nossa paixão e nos levar ao ápice do prazer... Estamos sempre em desapronto com a vida... Desapronto? Não estar a fim de me aprontar pra viver hoje... Vou mesmo do jeito que estou... São maltrapilhos? Quem se importa além dos que não enxergam a bela paisagem da vida?
Só as luzes: nudez. Só as sombras: cobertura total. Todas as cores: Nenhuma. Nenhuma cor: uma delas. Tarde demais pra ser normal?
Tudo bem amor... Não quero segurar você nessa tempestade marítima que me encontro... Vou esperar o tempo acalmar um tanto e ver se consigo entrar em contato por rádio com a guarda costeira... Por que com essa tempestade ele parou de funcionar...
Não interessa o que você faça... Onde vá... Ela estará lá... Eu estarei lá com meu desejo de viver... Sou poeta... Sou a poesia... Esquecido de como sou... Eu vou sem me preocupar de como será, de como aqui vim parar...    

Helton Gouvêa

Nenhum comentário:

Postar um comentário