O que posso fazer contra a força devastadora da natureza? Devo lutar ou me mudar? Talvez preservá-la pra que não ocorra distúrbios indesejáveis; ou quem sabe me jogar num furacão de incertezas? Quando se sabe que a arte de ser louco vem da mais profunda vontade de fazer o que não se faria, nem em um milhão de anos.
Se é de ordem natural, por que então o esforço para acalmar, minimizar impactos e controlar o tempo? Deixa correr... Deixe, se ela quiser que venha sorrir. Abrir o céu. Agraciar-me pela manhã, com sons que parecem divinos. Dos cantos dos pássaros. Com paisagens de cores vivas e convulsivas de paixão. Me fascina com sua demência e poderes ocultos ao cair da noite.
Pois é, acredite que no momento isso seria o caos. Um mergulho nas águas mais cristalinas e azuis do oceano. Transgrediria a lei do homem.
Naturalmente o ar dela é o combustível da minha vida. O que vem e o que deixa de vir, me traz paz. Tranquiliza, diminui a tensão e controla minhas estações com o livre ensejo de amá-la.
Então por que ainda não o fazer? Responda os porquês de tanta poluição comportamental e maus-tratos afetivos da minha auto-proteção, sendo eu e você a mais perfeita criação da natureza.
Não fomos feitos para nos relacionar, somos egoístas. Contudo, somos também os maiores quebradores de regras que existe. A exceção acompanhada de espasmos delirantes. Somos o equilíbrio, a prudência, a ponderação. Nos confrontamos, nos comparamos, nos esquecemos um dentro do outro... Somos o amor proibido.
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