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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cavaleiro Dourado


Não querem mais cavaleiro de armadura dourada em seu cavalo que voa em busca de aventura. Nem cortesias por estarem atraentes e bem vestidas. Tão pouco, estão felizes por terem ao seu lado um sonhador. Vezes romântico. Austero em outras. Mas sempre disposto a salvá-las.
Foram-se para o deserto das desilusões e voltaram rastejando, com instinto sobrepujante e venenos mortais. Maldosas e insensíveis. Agora, prevalece o jogo da sedução, tormento e caça aos que há tempos as protegiam do perigo.
Ele, inocente, não oferece mais desafios a seus planos e sonhos.
Querem aprisionar sua alma nos contos e desencontros de seus encantos. Lascivas, manipuladoras natas. A contra-proposta imediata a sua fraqueza. Soma exata de qualquer intuição. Navegação turbulenta por mares calmos. Tranquilidade forçada nas revoltas da vida. Tempos de glória em dias de seca. Opus nos campos da destruição. Afago imergido no descontente. Lamentação de longas alegrias.
Enquanto segura a espada e o escudo em seu nome, ela ri de sua bravura e desdenha de suas habilidades protetoras. Suas atitudes nobres são rasgadas, como seda se esvaíra na ferocidade das garras do extermínio.
Estão dispostas a ceder a quem estiver mais orientado na trilha da estupidez. A quem se esforça para barbarizar a própria inteligência e letargia. Ou também, aos ladinos que jogam no mesmo nível esquivo.


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