Não fez nada para que permanecesse alerta. Ela apenas sentiu a arrogância de um debochado sem sal algum. Tão pouco de contato sincero, desperdiçado por um personagem que o outro preferiu vestir. Hoje ele sente muito pela máquina do tempo apedrejada, num impulso desesperançoso de percepção da humanidade. Mas sabe que você jamais deveria ter sido testada, que você não é deste planeta também, uma marciana. Tarde demais.
Os olhos dela tão
grandes, como a vontade dele de consertar as atitudes que o levaram a acabar
com o futuro ao seu lado, nem que fosse só por estar ali em algumas datas
comuns, já seria o suficiente. Ela ainda está perdida. Apoiada por seus
familiares inseparáveis. É acolhedor vê-la tão firme no desprendimento
dos longos anos que a atormentam agora. Felicidade vital na qual transborda sua
força de menina sonhadora. Oh! Quanta tristeza em não poder ouvir sua voz
tímida, olhar de perto sua face avermelhada pela brisa da madrugada; ver seus
passos apressados atrás de sua gata fujona.
Há um ciclo irracional
nos acontecimentos de suas vidas. Algo tão profundo que o exagerado tornou-se
simples quando ele pensou em tocar sua mão. Ela ficou imóvel, como uma caixinha
branca sentada na calçada.
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