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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Solidão

Sofrimento intermitente e continuo. Latente e sem aviso. Veio para ficar e disse pra me matar. Enquanto restar vida chorarei lágrimas de dor. Sob tudo fincou n’alma um vazio eterno e silencioso... Um buraco negro de lástima. Vento frio que aborrece minhas pálpebras e faz com que escorra lembranças tristes. Somente o desgosto habita a caixa indestrutível do meu peito. Nunca, é a palavra que dá sentido a minha felicidade a partir de hoje. Solidão, âncora que me estarrece os ossos, órgãos e pensamentos, a cada segundo e em cada movimento. Vela que me leva ao abismo de minhas aflições, dos meus martírios, dos meus pesares. Coisas que nem mesmo sei explicar. Mesmo vindo de mim. Estando em mim.                                                                                            Partindo como uma explosão angustiante de fora para dentro, vou implorando abandono. Para que tudo que fere, se vá. Deixe-me nu. Traga-me um sopro de vida. Uma esmola de carinho. Uma gota de afeição sublime no ar que paira a milhas de minha cabeça esmagada pela violência da amargura. Suplico a todas as forças do bem que tire esse escárnio de mal olhado de minhas asas. Peço um toque meigo em minha face retalhada pelo ódio de meu algoz. Conjuro em desespero o paraíso de anjos salvadores. Nada ouço. Nada me resta. Apenas o fim certo dessa morte lenta e impetuosa que me arrasta, arrancando as vísceras de discernimento. A ausência infinita do amor devora cada centímetro do meu corpo. Agulhas perfuram meus lábios, costurando-os e calando meus gritos de socorro... Mm... Mmm! Mmm! Mmmmmm!!!       

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