Uma parte de mim que não se esconde
Que não foge e não teme consequências
Uma parte do meu eu que só apronta
Que faz de conta que a vida é brincadeira de mal gosto
Uma parte da conduta que insiste em errar
Que pra ela o importante de tudo sempre foi bagunçar
Aquela parte tímida
Que só tem cautela e paciência
Aquela parte séria
Que organiza e planeja
Aquela parte que age
Que acerta tudo em seu lugar
Das partes que monta e remonta meu ser
Que faz reler, rever e receber dádivas
Das fugas de mim, aprontando o gostoso da vida
Que persiste sabendo a mudança que virá
Daquela sagacidade que sentia
Daquele meu abraço em mim
Daquilo que faltava encontrar
Eu já não preciso mais
As partes que não me servem, as deixei pra trás
E as incompletas aprenderam a se amar...