Recebem a morte como uma dádiva, em proteção a natureza. Espíritos designados, cada um com sua missão. Uns cuidam da água, outros do fogo, da terra, do ar, das árvores, dos animais, da vida, do amor... Curadores da natureza, elementais, pacificadores, escudos invisíveis...
Abrem os olhos para a vida, sendo novos seres, com almas velhas e experientes. Reaprendem a brincar e serem inocentes, sem deixar de sentir o grande poder que possui. Deixando para trás, cada vez mais, um pouco de sua arrogância e seus pensamentos negativos. Lutando contra si, no pior dos campos de batalha: Sua mente, seus medos, suas fraquezas e seus delírios cognitivos de autodestruição, são as barreiras mais pertinentes.
Fincam os pés, como raízes na terra. Respiram como se fossem o próprio ar. Abraçam sua família, aquecendo como o fogo. Deságua em prantos como a água, quando o homem branco destrói o planeta.
Helton Gouvêa
“Simples, mas de coração.”
– Aos que habitam Belo Monte.
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