Eu poetizava a vida a dois, a três e amar a todos
Não bastava me filmar, me fotografar
Me iludia e a mais ninguém
Só eu sei quem enganava
E sabia que alguém era eu
Nas horas vagas
Devia, sim, romantizar os momentos vez em quando
Assossegava com meus próprios encantos
Quebrava a cara mais uma vez
Já não sabia nada
Nem quem você era
Nem quem era Jubileu
Encontrava-me sozinho, a sós e mais ninguém
Formigava minhas têmporas no veneno do ser que enjaulou as emoções
Uma nuvem abrupta tomou meu anjo da guarda pelos braços, deixei de rezar ali
mesmo
Traído por mim, despojado nas lágrimas que tocaram as folhas queimadas
E só eu e mais ninguém viu o quanto de vida desperdicei
Não por viver minhas aventuras emocionantes, amorosas e delirantes e tralalá
Sim, por ter em mim a liberdade de me julgar, saber quem eu fui e quem serei
Talvez eu possa ser tudo de uma vez
Mas ser tudo isso cansa
Então vou ser vocês