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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sem perder, me perdi



Foi na noite, num tempo ou templo nublado. Não sei bem. Ele se apresentou a mim como profeta dos novos tempos. Acreditei! Logo sugeri uma cartada e um pouco de bebida. Ele me apresentou um contrato, assinei! Por alguns bons anos desfrutei. Todo prazer que a carne pode me dar, sucumbi. Após isso, um longo, longo tempo na prisão da ansiedade; aflição, angústia, opressão, depressão e muitas dores mais. Acordando sem me lembrar de nada, numa espécie de catarse mental. Significando um entendimento sobre, não necessariamente como propriamente dito. Novamente, cuspido na Terra da discórdia. Me tornei cúmplice do descaso. Oprimi, angustiei, afligi, atormentei e causei muitas incertezas. Nisso que pensei quando me perguntava o que tinha feito pra merecer tudo que passei. Dizia eu que servia a caridade e ao bem, mas estava ganhando quando me perdi. É por isso que digo: ganhar ou perder quando se está perdido, tanto faz. Você já está derrotado. Pregado em seus “pecados” e seduzido pela ganância.   

Helton Gouvêa

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A resposta

Quando algo não existe tudo faz mais sentido:


Não há coisa melhor que o vazio quando se quer entender o que te completa.
Não compõe-se uma sinfonia simplesmente com harmonia. O silêncio é fundamental.
Não confunda o poder do ser, quando o maior é saber de si. 
Não pressione a contradição.
Não sintetize o ápice da razão. 
Não entenda o sentido com figuras visuais.
Não destrua o abismo da amargura. Contrabalance o doce do céu.
Não espalhe a loucura da paixão.
Não leia novamente sem a negativa que o não compreende.


Helton Gouvêa